Acusado de importunação sexual por oito pacientes, em São Luís e Açailândia, o médico ginecologista Kemuel Pinto Bandeira disse que, até o momento, não foi intimado para prestar esclarecimento sobre as denúncias. Por meio de sua defesa, ele afirmou que está à disposição para “colaborar com as investigações em busca da verdade”.
Os casos vieram à tona após a denúncia da advogada Marina Wanda, que afirmou ter sido vítima de importunação sexual, durante um exame para mapeamento de endometriose, na clínica em que o médico atua na capital maranhense, no início de agosto.
Conforme o inquérito aberto pela Polícia Civil do Maranhão, os assédios teriam acontecido durante exames ginecológicos. Oito mulheres denunciaram o médico, entre elas duas grávidas.
Ginecologista com especialização em ultrassonografia, Kemuel Bandeira é diretor médico de uma clínica na Avenida dos Holandeses, em São Luís, e atua também na cidade de Açailândia.
As pacientes grávidas informaram que foram encaminhadas para fazer ultrassom morfológica com o médico, um exame de imagem em que única parte do corpo da mulher a ser tocada é a barriga. No entanto, as gestantes relataram que o ginecologista teria agido supostamente de forma estranha com toques nas partes íntimas delas.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que um inquérito referente à denúncia feita contra o médico em dezembro do ano passado já foi concluído e encaminhado para a Justiça.
As outras denúncias estão sendo investigadas na Secretaria da Mulher em São Luís e Açailândia, conforme a SSP, e que mais informações não podem ser repasadas, por enquanto, para não atrapalhar o andamento das investigações.