Em 27 de agosto, o grupo extremista JNIM (Jamaat Nusrat al-Islam wal-Muslimin ) assassinou ao menos 200 soldados e civis ao redor da cidade de Barsalogho, em Burkina Faso. Os homens estavam construindo trincheiras, alguns deles voluntariamente, para a proteção da cidade e foram baleados pelos jihadistas que gritavam Allahu Akbar, que significa Alá é grande.
Em transmissão pública no canal de televisão estatal, o ministro de Segurança de Burkina Faso, Mahamadou Sana, afirmou: “Nós garantiremos que o inimigo saiba que nunca mais aceitaremos tal barbárie em nosso território”.
Ben Saul, relator especial sobre a promoção e proteção dos direitos humanos e liberdades fundamentais no combate ao terrorismo, também condenou o ataque: “A violência terrorista contra civis destrói os direitos humanos, incluindo os direitos à vida e à segurança pessoal e à integridade física e mental”.
A Portas Abertas condena os ataques e pede que o governo trabalhe para manter toda a população segura e que os responsáveis pelos ataques sejam levados à justiça. “Os milhões de burquinabes que já foram afetados pela violência estão vivendo em deslocamento constante – enlutados e gravemente traumatizados. O custo humano imediato e a longo prazo da violência não deve continuar dessa maneira. Todos os seres humanos têm o direito à proteção, independentemente de sua fé, etnia ou gênero”, enfatiza Jo Newhouse (pseudônimo), porta-voz da Portas Abertas na África Subsaariana.
A líder cristã pede que os seguidores de Jesus ao redor do mundo intercedam pelo fim dos conflitos no país. “Ore pelo fim da violência islâmica enquanto o governo em todos os níveis aborda a violência e seus efeitos de forma diligente, imparcial e transparente. Ore pela provisão para a igreja em Burkina Faso enquanto busca levar assistência física e espiritual aos afetados”, finaliza Jo.
Burkina Faso é o 20º país na Lista Mundial da Perseguição 2024 e os ataques de grupos extremistas islâmicos aumentaram o índice de violência no país. Além das mortes de cristãos, a ação de jihadistas também forçou muitos a fugirem de suas casas e comunidades e a viverem como deslocados internos.
Fati é uma das vítimas da violência contra os cristãos em Burkina Faso. A vila em que vivia foi atacada seis vezes, o que resultou em muita morte e destruição. Esse nível de violência levou muitos a fugirem, inclusive Fati e sua família, que partiram com destino à capital, Uagadugu. Conheça sua história completa neste vídeo
Igrejas socorrem vítimas de violência
Diante da violência extrema, igrejas na África Subsaariana precisam estar preparadas para socorrer as vítimas de ataques. Sua ajuda permite que congregações locais em Burkina Faso sejam capacitadas para auxiliar vítimas da perseguição violenta por meio de apoio em necessidades materiais e espirituais e cuidados pós-trauma. Clique aqui e saiba como participar.