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Transmitida pelo mosquito maruim, Febre Oropouche é tema de estudo Entomovirológico no Maranhão

A pesquisa usará informações das localidades onde houve registros de sintomatologia para arboviroses.

Fonte: Redação / Assessoria

Governo conduz estudo Entomovirológico para Febre Oropouche no Maranhão (Foto: Divulgação)

O Governo do Estado iniciou a primeira fase de coleta de dados da pesquisa Entomovirológica para Febre Oropouche no Maranhão. As informações coletadas serão usadas para subsidiar o mapeamento das áreas de ocorrência e o monitoramento do mosquito Culicoides paraensis, conhecido como ‘maruim’. A coordenação do estudo está sendo feita pela Secretaria Adjunta da Política de Atenção Primária e Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SES) em parceria com a Universidade Federais do Maranhão (UFMA).

“A pesquisa tem como objetivo identificar possíveis espécies que transmitem o vírus da Febre Oropouche, a fim de tornar a resposta mais qualificada e eficaz. Além disso, estamos buscando identificar possíveis novos vetores a fim de contribuir para o controle e prevenção de outras doenças nos territórios”, afirmou a chefe do Departamento de Epidemiologia da SES, Monique Maia.

A pesquisa usará informações das localidades onde houve registros de sintomatologia para arboviroses, porém sem diagnóstico positivo para dengue, zika vírus e chikungunya. Nesta primeira fase, a coleta de amostras foi dividida em três momentos: o primeiro foi executado no período de 19 a 23 de agosto; e o segundo, de 26 a 30 de agosto; e o terceiro, de 2 a 6 de setembro, com presença das equipes nos municípios de Barra do Corda, São Raimundo das Mangabeiras, Timon, Coroatá, Pinheiro e Maracaçumé.

O projeto busca garantir o melhor entendimento da ecoepidemiologia do vetor e suas interações com o homem e o ambiente onde habita, consistindo em fazer a investigação sobre a presença de insetos hematófagos (que se alimentam de sangue), em áreas favoráveis à proliferação dos vetores.

Quando em campo, os pesquisadores usam como item avaliativo a negatividade para as outras arboviroses e a localização fitogeográfica (vegetação, clima e relevo). Entre os aprendizados esperados pela pesquisa está o melhor entendimento da ecoepidemiologia dos vetores, as interações com o homem, o melhoramento da identificação, distribuição dos vetores com destaque para Culicoides paraensis.

De acordo com o coordenador do Núcleo de Entomologia da SES, Jorge Moraes, a pesquisa conta com a parceria dos municípios. “A participação dos territórios ajudará a ampliar as informações sobre educação em saúde e ambiental, o que inclui o processo de orientação das comunidades sobre o vetor, a doença, as formas de prevenção, os cuidados e a capacitação dos servidores para fazer o enfrentamento”, frisou.

A segunda fase acontecerá com a execução da análise entomovirológica das amostras, que será realizada no Instituto Oswaldo Cruz/Laboratório Central do Maranhão (IOC/LACEN-MA) e na Universidade Federal do Maranhão (UFMA). A terceira fase será executada após o processamento laboratorial das informações, o que definirá a forma como os pesquisadores da SES irão fazer publicação dos resultados e prestar as devidas orientações aos municípios no enfrentamento à doença.

A doença

A Febre Oropouche é uma doença viral transmitida pelo mosquito maruim. Os sintomas mais comuns incluem febre alta, dor de cabeça, dores musculares e articulares, bem como pode levar a graves complicações.

A forma de prevenção é semelhante à prevenção de outras arboviroses como dengue, zika e chikungunya, contudo sendo necessário manter os locais limpos e evitar o acúmulo de lixo orgânico, assim como animais próximos às residências.

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