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Maranhão se prepara para receber mega terminal de gás natural liquefeito

O empreendimento prevê produção diária de até 23,8 milhões de metros cúbicos de gás

Fonte: Da redação

O Maranhão deu um passo importante rumo à transformação energética com a apresentação do projeto do Terminal de Regaseificação em São Luís (TGNL). O terminal, que será o primeiro porto de importação de gás natural liquefeito (GNL) do estado, promete impulsionar a transição energética local e nacional, além de consolidar o Maranhão como um polo estratégico para o setor energético brasileiro. A apresentação do projeto foi realizada ontem na Federação das Indústrias do Estado do Maranhão (FIEMA), em um evento que reuniu empresários, investidores e autoridades locais.

Thomaz Baker e Henrique Carneiro, da Lyon Capital Partners, gestora de investimentos responsável pelo projeto, detalharam as fases de implementação do TGNL. Previsto para entrar em operação em até dois anos, o terminal realizará a estocagem e a conversão de GNL para o estado gasoso, permitindo sua distribuição no Maranhão e, futuramente, em outras regiões do Brasil. Uma audiência pública sobre o projeto será realizada no dia 10 de novembro, etapa essencial para dar transparência e alinhamento social ao empreendimento.

Sustentabilidade e Impacto Ambiental: Gás Natural como Alternativa Limpa

O gás natural, combustível de transição, será o principal insumo processado no terminal, oferecendo uma opção menos poluente para o mercado energético. Segundo Baker, o GNL é 44% menos poluente que o carvão e 27,5% menos poluente que o óleo diesel, posicionando-o como uma alternativa viável para reduzir emissões de CO2 na matriz industrial do Maranhão. A unidade terá capacidade de processar até 23 milhões de metros cúbicos de gás diariamente, volume quase três vezes superior ao produzido atualmente em Santo Antônio dos Lopes, outro importante polo de gás do estado.

A iniciativa deverá gerar cerca de 1.200 empregos durante sua construção, com uma média de 200 a 300 vagas permanentes na operação, representando não apenas uma oportunidade de desenvolvimento econômico local, mas também de capacitação profissional, como destacou o vice-presidente da FIEMA, Luiz Fernando Renner. “Esse projeto traz benefícios diretos para a qualificação profissional e para o desenvolvimento industrial sustentável do Maranhão”, ressaltou Renner.

Expansão e Futuro Verde: Hidrogênio no Horizonte

Além de atender à demanda por gás natural, o projeto considera o potencial de adaptação da infraestrutura para suportar a produção de hidrogênio verde, um dos combustíveis mais promissores para a sustentabilidade energética global. A localização estratégica do terminal, na Ilha da Razão, próxima à BR-135 e à Estrada de Ferro Carajás, facilitará a distribuição do gás no estado e em outras regiões, aumentando a competitividade do Maranhão no mercado nacional de energia.

O presidente da Gasmar, Allan Kardec Duailibe, enfatizou o papel do terminal não apenas na importação, mas também na futura exportação de gás, caso o estado expanda sua produção interna. “Estamos otimistas com o potencial portuário e energético do Maranhão, e acreditamos que esse terminal será um divisor de águas para o setor, inclusive com a possibilidade de exportação, se o Maranhão atingir sua meta de produção de gás natural”, disse Duailibe.

Potencial Econômico e Industrial: Avanço para o Maranhão

Com uma infraestrutura que inclui um píer tipo “ilha” e um gasoduto integrado à BR-135, o terminal de regaseificação oferece um modelo que promove a integração logística, energética e industrial do estado. Além do fornecimento de gás, o projeto reforça o compromisso com a transição energética e a descarbonização da indústria maranhense, oferecendo alternativas energéticas mais baratas e ambientalmente seguras para o setor industrial. Esse movimento acompanha uma tendência mundial de diversificação energética e sustentabilidade, elevando o Maranhão a uma posição de protagonismo.

Raimundo Arruda, diretor regional do SENAI-MA, e Fábio Nahuz, presidente do Sinduscon, ressaltaram a importância de qualificar a mão de obra para atender à demanda do projeto. Com o envolvimento de diversas entidades, o Terminal de Regaseificação de São Luís representa uma oportunidade para o Maranhão se destacar no cenário nacional e internacional, tanto pelo seu potencial produtivo quanto pela contribuição para a matriz energética limpa.

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