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Ministério Público deflagra operação contra Vereador de São Luís por suspeita de “rachadinha” e lavagem de dinheiro

O esquema envolveria familiares e parentes do parlamentar, incluindo sua esposa, cunhados e até o sogro, residente no Distrito Federal

Fonte: Da redação com MPMA

O Ministério Público do Maranhão, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), deflagrou nesta quarta-feira, 13, a Operação Occulta Nexus nos municípios de São Luís e Imperatriz. A operação cumpriu 15 mandados de busca e apreensão emitidos pela Vara Especial Colegiada dos Crimes Organizados de São Luís, em uma ação contra um suposto esquema de “rachadinha” liderado, segundo o MPMA, pelo vereador da capital, Joaquim Umbelino Ribeiro Júnior.

Segundo a investigação do Gaeco, o vereador é apontado como líder de uma organização criminosa voltada para desviar parte dos salários de servidores de seu gabinete. O esquema envolveria familiares e parentes do parlamentar, incluindo sua esposa, cunhados e até o sogro, residente no Distrito Federal. A estrutura criminosa teria o apoio de terceiros para a prática de lavagem de dinheiro e falsidade ideológica, conforme detalhado pelo Ministério Público.

O MP-MA solicitou a prisão preventiva do vereador e de três outros envolvidos, mas a Justiça negou o pedido, optando por medidas cautelares. Ribeiro Júnior está proibido de acessar a Câmara Municipal de São Luís e de manter contato com outros investigados. Ele também deverá comparecer mensalmente em juízo para justificar suas atividades e não poderá se ausentar da comarca sem prévia autorização. Além disso, o vereador foi suspenso de suas funções públicas como forma de proteger a moralidade e o andamento da investigação.

A operação também determinou o bloqueio de R$ 2,18 milhões das contas bancárias dos investigados, montante que, segundo a apuração, teria sido desviado dos cofres públicos. A Justiça autorizou ainda a apreensão e sequestro de bens dos envolvidos.

A ação foi executada com o apoio dos promotores de justiça do Gaeco de São Luís, Imperatriz e Timon, além das Polícias Civil e Militar do Maranhão. Promotores de justiça de Açailândia, Chapadinha, Estreito e São Luís também participaram, e a Coordenadoria de Assuntos Estratégicos e Inteligência do Ministério Público ofereceu suporte estratégico.

Os materiais apreendidos, como documentos e equipamentos eletrônicos, serão analisados pelo Gaeco e pelo Laboratório de Tecnologia Contra a Lavagem de Dinheiro (LAB-LD) para reforçar as evidências contra os investigados e subsidiar futuras denúncias. A investigação visa apurar integralmente os crimes de peculato-desvio e lavagem de dinheiro, com o objetivo de responsabilizar os envolvidos e garantir o ressarcimento aos cofres públicos.

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