A sentença inclui seis anos de prisão, uma multa de 85 milhões de pesos (aproximadamente R$ 490 mil) e a proibição vitalícia de ocupar cargos públicos. A decisão, adotada de forma unânime pelos juízes, mantém a condenação definida em 2022, quando Kirchner foi acusada de liderar um esquema de desvio de dinheiro público durante seus mandatos.
Apesar da confirmação, Kirchner não será presa de imediato, pois possui foro privilegiado. O caso ainda poderá ser levado à Suprema Corte da Argentina, o que significa que a pena só será cumprida após uma decisão final. O novo código penal argentino prevê que o cumprimento de pena só ocorre após o julgamento definitivo, o que permite à ex-presidente continuar em liberdade por enquanto.
A defesa de Kirchner considera a decisão uma “perseguição política” e afirmou que o processo busca excluí-la do cenário político. Em declaração nas redes sociais, Kirchner disse que o julgamento teve como objetivo criar um “show” e retirá-la do “tabuleiro político”.
Corrupção
O processo por corrupção contra a ex-chefe de estado está relacionado a obras públicas na província de Santa Cruz, onde o empresário Lázaro Báez teria atuado como testa de ferro dos Kirchner em contratos fraudulentos.
A ex-presidente foi condenada por fraude ao Estado, ao conceder a Báez contratos superfaturados, dos quais muitos foram pagos sem serem concluídos. Estima-se que o prejuízo ao Estado seja de aproximadamente US$ 1 bilhão.