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Homem acusado de matar companheira envenenada vai a júri em Imperatriz

Denunciado e vítima conviviam como marido e mulher há oito anos

Fonte: Com informações da assessoria
(Foto: Divulgação)

A juíza Edilza Barros Lopes preside na próxima segunda-feira, dia 18 de novembro, uma sessão de julgamento na 1ª Vara Criminal de Imperatriz. No banco dos réus, Moisés Pereira da Cruz, acusado de ter, em 28 de outubro de 2022, cometido crime de feminicídio que teve como vítima Valquires Silva da Conceição, sua companheira. De acordo com informações constantes na denúncia, o crime ocorreu no Povoado Bananal, localidade da Zona Rural de Governador Edison Lobão. Denunciado e vítima conviviam como marido e mulher há oito anos.

Seguiu narrando que o crime foi cometido com emprego de veneno do tipo chumbinho. Conforme apurado pela polícia, os dois viviam em união estável, marcado por episódios de violência doméstica, embora a vítima nunca tenha comunicado às autoridades essas ocorrências. Ademais, consta no processo que Moisés, possivelmente, teria cometido estupro de vulnerável, tendo como vítimas as filhas menores de Valquires, que tomou conhecimento desses fatos.

Diante dessas circunstâncias, na noite anterior ao fato, Valquires saiu para a Igreja na companhia de suas filhas menores, tendo o denunciado permanecido em casa. Ao retornarem, Moisés havia comprado açaí e ofereceu à sua companheira, que, logo após consumir, começou a passar mal. Já durante a madrugada, uma das filhas de Valquires pediu ajuda ao avô, dizendo que a mãe estava passando mal. Ao chegar à residência, o pai da vítima estranhou o fato de Moisés não ter prestado socorro à mulher. O denunciado ficou calado.

CHEGOU MORTA NO HOSPITAL

O pai de Valquires conseguiu um carro para levá-la ao hospital, onde ela já chegou sem vida. O corpo da mulher foi encaminhado para o Serviço de Verificação de Óbito e, após constatarem que a morte não havia sido por causas naturais, o encaminharam ao Instituto Médico Legal de Imperatriz, onde foi coletado material para realização de perícia. O Instituto de Criminalística, analisando o material referido, verificou a presença de substâncias que compõem o veneno popularmente chamado de “chumbinho”.

“A ação ocorreu mediante dissimulação, pois o denunciado, em situação aparente de normalidade, ofereceu açaí envenenado à sua companheira (…) O denunciado também agiu com o intuito de assegurar a ocultação e a impunidade do crime de estupro de vulnerável contra suas enteadas, filhas da vítima (…) Ademais, o crime se deu em contexto de violência doméstica, haja vista que, por razões da condição do sexo feminino, o inculpado assumiu o intento homicida contra sua companheira”, colocou o Ministério Público na denúncia.

Além dessa sessão, mais dois júris estão marcados para ocorrerem na unidade judicial, nas datas de 27 e 29 de novembro.

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