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Prefeito eleito investigado na operação “Cangaço Eleitoral” se entrega à Polícia Federal, em São Luís

Em vídeo, Ary Menezes afirmou que “não é bandido” e confia nas investigações.

Fonte: Redação / PF

Ary Menezes se entregou na sede da Polícia Federal em São Luís (Foto: Reprodução)

O prefeito eleito de Nova Olinda do Maranhão, Ary Menezes (PP), foi preso na tarde desse domingo, 15, após se entregar à Polícia Federal, em São Luís. Ele é investigado por compra de votos e ameaças durante as eleições deste ano, dentro da Operação “Cangaço Eleitoral”.

Ary Menezes se apresentou na sede da PF em São Luís e afirmou em redes sociais (VEJA O VÍDEO ABAIXO) que “não é bandido” e confia nas investigações. No entanto, a PF suspeita que ele comprou votos com dinheiro público.

O prefeito eleito era considerado foragido desde a quinta-feira, 12, quando a PF cumpriu mandados de prisão em Nova Olinda. Na ocasião, foram presos o vice-prefeito eleito Ronildo da Farmácia, o sogro de Ary e a secretária de finanças do município.

A Operação “Cangaço Eleitoral” investiga crimes eleitorais, como compra de votos, intimidaço e desvio de recursos públicos. A PF encontrou indícios de que o grupo criminoso atuava oferecendo dinheiro ou materiais de construção em troca de votos e apoio político.

Ary Menezes venceu a eleição em Nova Olinda ao superar Thaymara Amorim (PL) por apenas dois votos de diferença; 5.612 contra 5.610. O vice-prefeito eleito, Ronildo da Farmácia (MDB), já foi preso durante a operação.

O esquema, conforme a PF, envolvia aliciamento de eleitores e compra de votos, além de ameaças armadas e desvio de recursos públicos em favor do então candidato a prefeito.

As investigações revelaram que várias pessoas foram abordadas por membros do esquema, com ofertas de valores em dinheiro ou materiais de construção, mas acabaram sendo alvo de ameaças e represálias após mudarem de opinião política ou recusarem votar no candidato indicado.

Outras pessoas relataram terem sido intimidadas e ameaçadas por suspeitos armadas ligadas ao grupo, sendo forçados a retirar objetos de propaganda política de candidatos adversários e parar com atos de campanha.

A operação cumpriu quatro mandados de prisão temporária e oito mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão.

Cerca de 60 policiais federais participaram da ação, que apura crimes como compra de votos, intimidação de eleitores, extorsão qualificada, desvio de recursos públicos, constituição de organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Medidas Judiciais

– Mandados de Busca e Apreensão: nove mandados foram expedidos contra oito pessoas físicas e uma pessoa jurídica. Sete foram cumpridos em Nova Olinda do Maranhão, dois em São Luís e um em Cantanhede.

– Mandados de Prisão Temporária: quatro mandados foram expedidos contra pessoas investigadas que teriam praticado atos intimidatórios contra eleitores.

Resultados da Operação

– Três pessoas investigadas foram presas em cumprimento aos mandados expedidos.

– A Polícia Federal continua com diligências para cumprir um mandado de prisão restante contra um candidato apontado como liderança da organização criminosa investigada, atualmente considerado foragido da Justiça.

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