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A Jornada de uma vida dedicada ao próximo

A epigenética me ensinou algo valioso: nossas ações e o ambiente em que vivemos têm o poder de moldar nossa saúde e o futuro das próximas gerações.

Fonte: Ronaldo Kroeef


Quanto tempo leva uma trajetória de vida? Por que, muitas vezes, só somos reconhecidos pelos nossos esforços e dedicação em prol dos outros quando já não estamos mais aqui? Essa reflexão ecoa em minha história, que parece seguir por esse caminho. Durante mais de duas décadas, dediquei minha vida à educação infantil, criando publicações e cartuns educativos que levaram aprendizado e alegria a muitas crianças. Mais tarde, busquei expandir meu impacto cursando Psicologia, mas a pandemia interrompeu meu sonho quando estava no nono período. Sem apoio político para continuar meus trabalhos educativos, vi minha carreira ficar em stand-by.

No entanto, essa pausa forçada me levou a um novo propósito. Imerso em pesquisas e na ciência, descobri caminhos inovadores para melhorar a saúde mental e prevenir transtornos. Desenvolvi a TCA, Terapia Centrada no Ambiente, uma abordagem que utiliza a epigenética para prevenir e tratar doenças, especialmente as que afetam a mente. Foi assim que nasceu a Penumbro Terapia Holística Epigenética, uma metodologia que conecta o ser humano ao ambiente, trabalhando na raiz dos males modernos causados pelas mudanças de comportamento ao longo das gerações.

Mesmo com essas realizações, muitas vezes sinto que grito minhas descobertas ao vento. Os “nãos” da vida são inúmeros: um sonoro não da universidade, que se recusou a permitir que eu concluísse o curso de Psicologia mesmo após anos de esforço e pagamentos, e o descaso político com meus projetos educativos, que poderiam impactar tantas vidas. Essas barreiras, no entanto, não apagaram minha determinação de continuar contribuindo com conhecimento e soluções que transformem vidas.

A epigenética me ensinou algo valioso: nossas ações e o ambiente em que vivemos têm o poder de moldar nossa saúde e o futuro das próximas gerações. Assim como as terapias que desenvolvo buscam resgatar o equilíbrio perdido, minha história também é uma luta para encontrar o equilíbrio entre o reconhecimento e a resiliência. Porque, no fim, o importante não é o aplauso, mas o impacto que deixamos no mundo.

Ainda que muitas vezes as portas pareçam fechadas, sigo acreditando que a esperança é a última que morre. Meu trabalho é muito mais do que um esforço científico; é uma missão de vida. Transformar sofrimento em cura, solidão em conexão, e ignorância em conhecimento é o que dá sentido à minha jornada. E se, um dia, for reconhecido, que seja pelo que dediquei à vida e às pessoas que dela fazem parte.

Se há algo que aprendi ao longo dessa caminhada, é que não há missão maior do que compartilhar descobertas que podem salvar ou melhorar vidas. Essa é a minha história. Essa é a minha luta. E enquanto houver força em mim, continuarei a escrevê-la, capítulo por capítulo, acreditando que o bem sempre encontrará seu caminho.

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