A aviação civil brasileira registrou um crescimento expressivo nos últimos dois anos, ampliando em 20 milhões o número de passageiros transportados, de acordo com dados divulgados pelos ministérios de Portos e Aeroportos (MPor), Turismo, Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e Embratur. Apenas entre janeiro e dezembro de 2024, mais de 118 milhões de pessoas utilizaram o transporte aéreo, um aumento de 5% em relação ao ano anterior. No setor internacional, o volume de passageiros bateu recorde histórico, chegando a quase 25 milhões de viajantes.
O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, destacou que os indicadores refletem o trabalho do atual governo para impulsionar o setor. Entre as principais medidas adotadas estão a expansão da oferta de voos internacionais, o diálogo com companhias aéreas nacionais e estrangeiras e iniciativas para reduzir o preço do querosene de aviação (QAV), que representa 35% dos custos operacionais das empresas.
Segundo Costa Filho, o compromisso do governo com o setor aéreo tem gerado resultados concretos, e a expectativa é que 2025 traga números ainda mais positivos. No último ano, foram executadas 42 obras em aeroportos por todo o país, abrangendo ampliação, requalificação de pistas e melhorias no entorno dos terminais, além de investimentos em navegação e governança. As intervenções foram distribuídas entre as regiões Norte (13 obras), Nordeste (10), Sudeste (8), Centro-Oeste (6) e Sul (5), totalizando R$ 3,2 bilhões em investimentos. Entre os aeroportos contemplados estão os de Recife, João Pessoa, Cuiabá, Congonhas e Governador Valadares.
Os avanços estruturais também impulsionaram a taxa de ocupação das aeronaves, que atingiu 84%, o maior índice desde o início da série histórica em 2002. Já a tarifa aérea real média foi de R$ 632,16, sendo que mais da metade das passagens (50,8%) foram comercializadas por menos de R$ 500.
Para 2025, o governo projeta R$ 1,1 bilhão em novos investimentos para aeroportos brasileiros, com destaque para os terminais de Congonhas (SP), Guarulhos (SP) e Belém (PA), este último em preparação para sediar a 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP30), em novembro. Os recursos serão destinados a obras executadas via Fundo Nacional de Aviação Civil (Fnac), convênios com estados e municípios e investimentos da própria Infraero.
O transporte de cargas também teve um desempenho recorde em 2024. O modal aéreo movimentou mais de 891 mil toneladas de produtos para o exterior, um crescimento de 10% em relação a 2023. Os números reforçam a tendência de expansão do setor, que segue se consolidando como um dos principais pilares da infraestrutura e logística do país.