Israel – Arbel Yehud, de 29 anos, está no centro da decisão de Israel de não liberar palestinos como parte do cessar-fogo acordado com o Hamas. As mulheres civis deveriam ser libertadas antes das militares sequestradas pelo grupo terrorista. Porém, quatro soldadas israelenses saíram do cativeiro neste sábado (25), enquanto Arbel segue presa.
Arbel Yehud, última civil israelense ainda refém do Hamas (Foto: Redes Sociais)
“O Hamas não cumpriu as obrigações de libertar as mulheres civis primeiro”, afirmou o porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), Daniel Hagari, destacando que o grupo violou o acordo de cessar-fogo.
A israelense-germânica Arbel Yehud foi sequestrada com seu namorado, Ariel Cunio, de sua casa no kibutz (pequena comunidade autônoma israelense) Nir Oz em 7 de outubro, durante o ataque do Hamas. O irmão de Arbel, Dolev Yehud, acabou morto no mesmo dia, e seus restos mortais foram identificados em 3 de junho de 2024.
Os irmãos Yehud representam a terceira geração de sua família vivendo no kibutz. Arbel, conhecida por seu amor pelo espaço sideral e astronomia, é descrita por sua cunhada, Sigi, como uma tia dedicada e carinhosa.
“Estamos muito ansiosos pelo destino de Arbel porque ela é uma mulher. Tememos que ela tenha sofrido abuso mental, físico ou sexual”, afirmou o pai de Arbel, Yechti, ao site Ynet. Ele também lamentou a falta de ação de Berlim, apesar da cidadania alemã de Arbel e do histórico familiar ligado ao Holocausto.
Acredita-se que Yehud esteja detido por um grupo salafista ligado à Jihad Islâmica Palestina na região de Khan Yunis, no sul de Gaza, não pelo Hamas, e isso seria um obstáculo para sua libertação. À agência de notícias Reuters, uma fonte do Hamas afirmou que a civil está viva e será libertada no próximo sábado.
Uma declaração semelhante veio do portal de notícias Al Jazeera. Porém, oficialmente, o Hamas ainda não emitiu nenhum anúncio.