A Polícia Federal concluiu o relatório da Operação 18 Minutos e encaminhou o documento ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), formalizando o indiciamento do ex-deputado federal Edilázio Júnior e de outros membros do chamado “núcleo operacional” da investigação.
O relatório foi entregue ao ministro João Otávio de Noronha, relator do caso no STJ. A investigação apura um suposto esquema de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa, com indícios de que decisões judiciais teriam sido aceleradas para beneficiar grupos específicos. Edilázio Júnior é apontado como parte central do núcleo operacional, atuando ao lado de empresários e advogados.
Os indiciamentos foram baseados em diversos dispositivos legais, incluindo o artigo 333 do Código Penal (corrupção ativa), o artigo 2º da Lei nº 12.850/13 (organização criminosa) e o artigo 1º da Lei nº 9.613/98 (lavagem de dinheiro). O relatório detalha que os crimes investigados teriam ocorrido entre 2015 e 2024, envolvendo uma complexa rede de operações financeiras e favorecimento ilícito.
Além de Edilázio Júnior, também foram indiciados Felipe Antônio Ramos Sousa, Janaína Moreira Lobão Coelho, Arnaldo José Sekeff do Lago, Flávio Henrique Silva Campos, Alderico Jefferson Abreu da Silva Campos, Fernando Antônio Ramos Sousa, Eliane Sousa Ramos, Sirley Regina Silva Sousa, Fabrício Antônio Ramos Sousa e Jaiçara Melo de Araújo Sousa. Todos eles enfrentam acusações de lavagem de dinheiro, corrupção ativa ou organização criminosa, de acordo com sua participação em diferentes fases do suposto esquema.
Até o momento, a defesa dos indiciados não se manifestou oficialmente sobre as acusações. O STJ analisará o material entregue e poderá determinar novos desdobramentos, incluindo o oferecimento de denúncia formal pelo Ministério Público ou a realização de diligências adicionais para aprofundar as investigações.