A professora cristã britânica Kristie Higgs obteve uma vitória significativa em sua batalha judicial contra a demissão que sofreu em 2018.
Higgs foi demitida por compartilhar críticas em suas redes sociais sobre o material educacional relacionado à diversidade sexual e identidade de gênero utilizado na escola de seu filho.
Na quarta-feira (12), o Tribunal de Apelação do Reino Unido declarou que a demissão de Higgs foi “ilegal”, reconhecendo que sua liberdade de expressão havia sido indevidamente restringida.
O tribunal reverteu a decisão do Tribunal de Recurso do Emprego que defendia a demissão da professora da Farmor’s Secondary School, uma escola com valores cristãos e comunitários em Gloucestershire.
A sentença afirma que a demissão de Higgs constituiu “discriminação ilegal com base em religião e crença”.
Em um comentário sobre sua vitória, Higgs acolheu o reconhecimento do julgamento do direito dos cristãos de expressar suas crenças publicamente.
“Expressar o ensinamento cristão bíblico sobre gênero e sexualidade pode parecer ofensivo para aqueles que têm visões opostas, mas, como o julgamento de hoje sinaliza, os cristãos têm o direito de expressar suas crenças publicamente.”
A decisão foi amplamente divulgada pela importância do caso para a proteção da liberdade religiosa e de expressão no contexto educacional.
Sobre o caso
Em 2019, Higgs perdeu o emprego por expressar suas objeções à propaganda LGBT que estava sendo promovida na escola primária da Igreja da Inglaterra que seu filho frequentava.
Uma queixa anônima foi enviada à escola, acusando-a de “publicar pontos de vista homofóbicos e preconceituosos”.
Em outra publicação, Higgs compartilhou um artigo sobre livros escolares utilizados na escola primária da Igreja da Inglaterra de seu filho, que promoviam a ideologia transgênero.
Uma denúncia anônima foi feita ao diretor, que concluiu que as postagens privadas de Higgs “poderiam desacreditar a escola” e a demitiu.
Na época, Higgs foi interrogada por seus superiores na escola em Gloucestershire por um período de seis horas.
Durante o interrogatório, ela foi informada de que suas crenças cristãs, expressas em suas postagens, eram semelhantes às de uma “extremista de direita pró-nazista”.