O Maranhão, atualmente na 20ª posição entre os estados com maior população idosa, com 9% de pessoas acima de 65 anos, deverá saltar 10 colocações até 2070, atingindo 32% de idosos, conforme projeções do IBGE. Isso implica que, para cada 10 pessoas em idade produtiva, haverá quase nove fora dessa faixa etária.
Apesar dos desafios sociais impostos pelo envelhecimento populacional, os idosos têm um poder aquisitivo crescente. No Maranhão, esse grupo recebe, em média, R$ 2.337 por mês, 24% acima da média estadual. Esse poder de compra impulsiona a “economia prateada”, que envolve produtos e serviços voltados à terceira idade. Atualmente, esse segmento representa 20% do consumo nacional, segundo o Sebrae, embora boa parte da renda dos idosos seja comprometida com obrigações financeiras.
Diante desse cenário, instituições financeiras têm desenvolvido estratégias para atender esse público em crescimento. Combinando inovação tecnológica, serviços especializados e atendimento humanizado, elas buscam se adaptar às necessidades desse grupo.
A inclusão digital também é uma prioridade, com plataformas digitais adaptadas para garantir mais segurança e transparência nos serviços bancários. Enquanto muitos bancos fecham agências, as cooperativas de crédito expandem sua rede de atendimento presencial.
Saiba mais
A “economia prateada” refere-se ao mercado emergente de produtos e serviços voltados exclusivamente para a população idosa, que tem experimentado um crescimento significativo nas últimas décadas. Esse fenômeno ocorre devido ao aumento da expectativa de vida e à mudança nos perfis demográficos, no qual a terceira idade passa a ser um segmento cada vez mais ativo, tanto na economia quanto no consumo.
Setores como saúde, turismo, alimentação, tecnologia, moda e até educação estão cada vez mais voltados para atender às necessidades e desejos desse público, criando novas oportunidades de negócio. Além disso, muitos idosos estão buscando alternativas para garantir um envelhecimento mais saudável e autônomo, o que aumenta a demanda por soluções inovadoras.
Esse mercado também impulsiona uma transformação no comportamento das empresas, que estão se adaptando às novas exigências da “geração prateada”. Além de desenvolverem produtos mais específicos, como dispositivos de saúde e bem-estar, elas têm investido em soluções que promovem a inclusão digital e o atendimento personalizado, fatores cruciais para esse público.
O crescimento da economia prateada também tem reflexos nas finanças pessoais, com mais idosos buscando complementar sua aposentadoria, planejar o futuro e investir em segurança financeira. Nesse cenário, as instituições financeiras, como as cooperativas de crédito, têm se posicionado como facilitadoras, oferecendo serviços adaptados às necessidades financeiras dessa faixa etária, garantindo assim não apenas a sobrevivência econômica, mas também o bem-estar dessa população crescente.