
O presidente do Equador, Daniel Noboa, oficializou recentemente um compromisso do governo com a proteção das crianças e adolescentes, garantindo aos pais o direito de educar os filhos segundo suas próprias crenças. No documento divulgado, o governo equatoriano assegura que não adotará políticas ou materiais educacionais baseados na ideologia de gênero, além de não autorizar procedimentos de mudança de sexo para menores de idade.
O compromisso público ocorreu após polêmicas envolvendo membros do governo, especialmente relacionadas à temática dos direitos infantis. No dia 6 de março, o presidente Noboa se reuniu com representantes de igrejas cristãs evangélicas e católicas e líderes indígenas para discutir esses assuntos. Após o encontro, o governo divulgou oficialmente sua posição, reafirmando o direito das famílias de escolherem como educar seus filhos.
Anteriormente, o governo enfrentou controvérsias envolvendo o ministro Daniel Burbano, acusado por grupos contrários de promover a chamada “infância transgênero”. A polêmica foi levantada após críticas feitas por grupos conservadores, que chegaram a pedir a saída de Burbano do cargo. Em resposta, o ministro negou a acusação, defendendo-se ao afirmar que seu trabalho é voltado para garantir a dignidade e proteger crianças vulneráveis.
Outra controvérsia recente ocorreu em razão de uma decisão judicial que exigia do Ministério da Educação a elaboração de protocolos específicos para atender estudantes LGBT em escolas públicas do país, visando combater a discriminação. O episódio teve início após uma denúncia feita pela família de uma menina trans espanhola, que sofreu discriminação em uma escola de Salinas. O governo de Noboa informou que, apesar da decisão judicial, manterá sua posição contrária à inclusão da ideologia de gênero em materiais e instituições educacionais.
Segundo o governo equatoriano, o novo compromisso visa garantir que pais e mães tenham assegurado seu direito de orientar a educação dos filhos segundo seus próprios valores e crenças, evitando interferências do Estado nessas questões delicadas. O documento foi visto como uma tentativa do presidente Noboa de equilibrar pressões políticas e sociais no país, que vive momentos de intensos debates sobre o tema.