Uma adolescente de 15 anos morreu na noite desta segunda-feira (28) após sofrer uma descarga elétrica dentro do próprio quarto, na cidade de Extremoz, na Grande Natal. O caso aconteceu por volta das 20h, no bairro Esporte Clube, onde a jovem morava com a família.
A vítima foi identificada como Jucielem Bianca Rodrigues Campelo. Segundo relatos dos familiares, ela sofreu o choque ao tentar ligar o carregador do celular e o ventilador em um adaptador do tipo “T” (ou benjamim). Os pais estavam na cozinha e correram para socorrê-la ao ouvirem os gritos, mas já a encontraram desacordada.
“Ela colocou o ‘T’ e já ficou agarrada, não soltou mais. Quando soltou, já caiu dura no chão. Os médicos disseram que ela já chegou morta no hospital”, relatou a mãe, Maria Elza Rodrigues.
Apesar de não estar molhada — como chegou a ser cogitado —, a adolescente estava descalça no momento do acidente. Ela havia jantado e se preparava para dormir quando tentou conectar os aparelhos na mesma tomada.
Jucielem chegou a ser levada por um vizinho até a Unidade de Pronto Atendimento de Extremoz, mas, segundo os profissionais de saúde, já estava sem vida ao dar entrada no local.
A tragédia ocorreu poucos dias após o aniversário de 15 anos da jovem, comemorado em uma festa organizada pela família. “Ela sonhava com essa festa. A vida é um sopro. Um simples choque doméstico pode tirar uma vida”, lamentou o primo Jefferson Alvinys.
Riscos do uso de adaptadores sem certificação
O Corpo de Bombeiros alertou para os perigos relacionados ao uso de adaptadores elétricos sem certificação, especialmente os do tipo “T”. Segundo o tenente Segundo, oficial de operações da corporação, muitos desses produtos não possuem selo do Inmetro e podem apresentar risco de curto-circuito ou choque.
“O ideal é usar filtros de linha, que contam com disjuntores de segurança. Caso haja sobrecarga, o próprio equipamento desliga automaticamente, prevenindo acidentes”, explicou o oficial.
Além disso, é importante verificar as condições dos aparelhos usados no dia a dia, como fios desencapados, odores incomuns ou superaquecimento.
O tenente também reforçou que, ao presenciar alguém recebendo um choque, a primeira atitude deve ser desligar o disjuntor geral da residência, e não tocar diretamente na vítima.
“O impulso é querer ajudar puxando a pessoa, mas isso pode transferir o choque para quem tenta socorrer. Por isso, saber onde fica o disjuntor é essencial para agir rápido e com segurança”, completou.