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Operação identifica adolescente que comandava perfis de ódio ligados a ameaça contra show de Lady Gaga

Ação da Polícia Civil investiga ameaça de atentado a bomba no show da cantora Lady Gaga em Copacabana

Fonte: Da redação

A Polícia Civil de São Paulo cumpriu quatro mandados de busca e apreensão no âmbito da Operação Fake Monster, que apura uma ameaça de ataque com explosivos durante o show da cantora Lady Gaga, previsto para ocorrer na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro. Durante a ação, os agentes localizaram um adolescente de 16 anos em São Vicente, no litoral paulista, que confessou ser o responsável por perfis usados para disseminar mensagens de ódio na internet.

A investigação é conduzida em parceria com a Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCERJ) e o Ministério da Justiça e Segurança Pública. Segundo os investigadores, o grupo suspeito estaria se organizando em plataformas digitais para promover ataques coordenados com explosivos improvisados e coquetéis molotov. A ação criminosa era tratada como um “desafio coletivo”, com o objetivo de ganhar notoriedade nas redes sociais, promovendo discursos de ódio voltados a crianças, adolescentes e ao público LGBTQIA+.

O alerta inicial partiu de uma denúncia anônima feita ao Disque Denúncia, na última segunda-feira (28), e foi investigado pela Central de Inteligência, Vigilância e Tecnologia em Apoio à Segurança Pública (CIVITAS), da prefeitura do Rio. A apuração identificou que os suspeitos utilizavam o Discord — aplicativo popular entre jovens para formar comunidades online — para compartilhar mensagens de incitação à violência e ameaças de atentado.

Localizado no bairro Vila Jockey Clube, em São Vicente, o adolescente alvo da operação admitiu administrar os perfis de ódio, mas negou envolvimento direto nas ameaças relacionadas ao evento de Lady Gaga. Durante a ação, os policiais apreenderam diversos dispositivos eletrônicos, como computador, celular, HD externo, cartão de memória e videogame. O jovem foi liberado na presença do pai.

Outros mandados foram cumpridos em Cotia e Vargem Grande Paulista, também em São Paulo, onde foram recolhidos celulares, notebooks e videogames que agora passarão por perícia. As autoridades buscam rastrear ligações entre os dispositivos apreendidos e os perfis investigados.

De acordo com a Polícia Civil do Rio, os integrantes do grupo atuavam em redes sociais para radicalizar adolescentes e promover crimes como pedofilia, automutilação e divulgação de conteúdos violentos — muitas vezes utilizados como rituais de pertencimento a comunidades extremistas.

Além das ações em São Paulo, a operação teve desdobramentos em outros estados. Foram cumpridos mandados no Rio de Janeiro, Niterói, Duque de Caxias, Macaé (RJ), São Sebastião do Caí (RS) e Campo Novo do Parecis (MT). O material apreendido será analisado para aprofundar a identificação dos responsáveis e dimensionar a extensão da rede criminosa.

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