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Trabalhadores CLT já podem migrar dívidas para consignado com juros reduzidos

Agora, mais de 70 bancos e financeiras habilitadas no programa estão autorizados a realizar a troca

Fonte: Da redação

A partir desta sexta-feira (16), trabalhadores com carteira assinada podem transferir dívidas de crédito consignado ou crédito direto ao consumidor (CDC) para o Crédito do Trabalhador, programa que oferece empréstimos com juros reduzidos. Até então, essa migração só era permitida dentro da mesma instituição financeira.

Agora, mais de 70 bancos e financeiras habilitadas no programa estão autorizados a realizar a troca de dívida diretamente por meio de seus sites e aplicativos. A migração ainda não está disponível via Carteira de Trabalho Digital, mas deve ser incorporada em breve.

A substituição só é vantajosa se o novo consignado, lançado há dois meses, apresentar taxas mais baixas que os empréstimos anteriores. No mercado, o CDC costuma cobrar entre 7% e 8% ao mês. Já no programa Crédito do Trabalhador, as taxas variam, em média, pouco acima de 3%, podendo chegar a 1,6% mensais, dependendo da instituição.

A medida provisória que criou o programa determina que a troca só pode ocorrer com redução nas taxas de juros, válida até 21 de julho. O procedimento funciona assim: o trabalhador contrata o novo empréstimo com desconto em folha, quita a dívida antiga e, se ainda tiver margem consignável, pode solicitar novo crédito.

Como funciona a contratação
Pelo aplicativo da Carteira de Trabalho Digital, o trabalhador libera seus dados (como CPF, vínculo empregatício e margem disponível).

– Em até 24 horas, os bancos enviam ofertas.
– O trabalhador escolhe a melhor proposta, com juros mais baixos.
– As parcelas são descontadas diretamente da folha de pagamento.
– Até 35% da renda mensal pode ser comprometida com o empréstimo.

Como solicitar a portabilidade
– Verifique se o banco de destino oferece o consignado para CLT.
– Solicite a portabilidade via aplicativo ou site do banco.
– A nova instituição quita a dívida anterior e assume o crédito, com as condições atualizadas.

Próxima etapa: mais flexibilidade a partir de junho
A partir de 6 de junho, será possível migrar qualquer dívida, inclusive contratos antigos do próprio Crédito do Trabalhador, para a instituição que oferecer os juros mais baixos. Essa nova etapa permitirá ainda mais liberdade na escolha de crédito.

A gestão do sistema é feita pela Dataprev, enquanto o Ministério do Trabalho monitora as taxas aplicadas e o perfil dos tomadores de crédito. A portabilidade automática vale para empréstimos pessoais e consignados. Dívidas no cheque especial ou no cartão também podem ser quitadas com o novo crédito, desde que renegociadas antes.

Segundo os dados mais recentes, o programa já liberou R$ 10,3 bilhões em crédito, com valor médio de R$ 5.383 por contrato e prestação média de R$ 317 em 17 parcelas. Das 70 instituições cadastradas, 35 já operam ativamente a nova linha. Os estados com maior volume de operações são São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Paraná.

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