
A exposição “Passado, Presente e Futuros” chega a São Luís no próximo dia 4 de junho, trazendo ao Museu de Artes Visuais (MAV), na Praia Grande, um mergulho na história e nos desafios das cidades amazônicas. Gratuita e aberta ao público, a mostra fica em cartaz até 30 de junho.
A iniciativa é do Museu Itinerante da Amazônia (MIA), criado pelo Laboratório da Cidade, de Belém (PA), que busca provocar reflexões sobre o impacto da crise climática nos territórios e o papel das comunidades tradicionais. A proposta mistura arte, ciência e arquitetura para imaginar futuros possíveis, sempre ancorados nos saberes ancestrais e nas resistências do presente.
Em cada parada, o MIA acolhe uma obra inédita de artistas locais. Em São Luís, o convite foi feito à artista Gê Viana, cujo trabalho cruza memória afro-indígena, denúncia colonial e experimentação visual. Em sua nova criação, “Para estratégias de sobrevivência, as maiores tecnologias são as nossas”, Gê traz à tona a força das comunidades tradicionais diante da destruição ambiental.

“O que me interessa não é só atualizar a história colonial, mas expor a complexidade dos encontros, os saberes ancestrais, os rituais de vida cotidiana que garantem a nossa permanência”, afirma a artista, que também destaca os impactos do desmatamento e da expansão urbana no cerrado e nas orlas maranhenses.
A curadora Jade Jares explica que a exposição quer ser mais que um conjunto de obras: é um convite a questionar o que vemos e sentimos nas cidades da Amazônia. “Queremos que o público se sinta dentro da cidade, mas em outra camada de percepção. Uma camada que provoque perguntas: como essas cidades foram construídas? Como se relacionam com seus biomas? E que futuro estamos dispostos a construir, ou evitar?”, destaca.
A exposição reúne vídeos, mapas interativos, imagens de satélite e instalações audiovisuais que reconstroem as paisagens urbanas e suas tensões. Vídeos de drone mostram como Belém, Manaus e São Luís enfrentam (ou não) o desequilíbrio ambiental, enquanto montagens sugerem possíveis cenários de colapso ou reconstrução.
A programação vai além da mostra. O projeto promove encontros com a comunidade, estudantes e movimentos sociais para criar pontes entre ciência, arte e saberes populares. “Não se trata apenas de mostrar. Queremos aprender com cada território, para que essa exposição também nos transforme”, resume Jade.
A abertura oficial ocorre às 19h do dia 4, no Museu de Artes Visuais. Para visitas guiadas, é possível agendar pelo e-mail [email protected].
Serviço
📍 Museu de Artes Visuais (MAV) – Rua Portugal, 273, Praia Grande, São Luís (MA)
🗓 Abertura: 4 de junho, às 19h
🕒 Visitação: até 30 de junho
🎟 Entrada gratuita
📩 Agendamento de visitas guiadas: [email protected]
📱 Redes sociais: @labdacidade