O Maranhão pode sediar uma planta de hidrogênio verde e ferro briquetado a quente (HBI), com potencial de investimento de US$ 3 bilhões. O governador Carlos Brandão visitou, nesta quinta-feira (5), a sede da empresa sueca Stegra, em Estocolmo, para fortalecer o diálogo e avançar nas negociações para instalação do projeto no estado.
A Stegra realiza um estudo de viabilidade para o empreendimento, que conta com a mineradora Vale como parceira. O projeto prevê geração de 500 empregos diretos e cerca de mil indiretos. A proposta também é vista como um marco para a cadeia produtiva do aço no Maranhão, que deixaria de ser apenas exportador de minério para agregar valor com beneficiamento local.
O governador Carlos Brandão lembrou que a empresa sueca já conheceu a estrutura do Porto do Itaqui, em São Luís, e a Zona de Processamento de Exportação (ZPE), em Bacabeira. A prospecção é que sejam gerados 500 empregos diretos e mais 1 mil empregos indiretos se o empreendimento for instalado no estado.
“Estou muito otimista, as conversas estão cada vez mais alinhadas e estou aqui para garantir que esse investimento seja feito no Maranhão, gerando emprego e renda para o nosso povo. Será um marco no beneficiamento de minério. A Vale hoje exporta o ferro in natura e essa empresa vai beneficiar o ferro para fazer os briquetes, utilizado na produção de aço, ou seja, é uma cadeia produtiva, não ficaremos apenas na exportação de commodities”, destacou o governador.
O gerente de Projetos de Crescimento Global da Stegra, Christoffer Routledge, destacou que a empresa está finalizando a primeira siderúrgica verde do mundo, no norte da Suécia, e quer expandir a tecnologia para outras regiões. Segundo ele, o Maranhão reúne pré-requisitos favoráveis para receber a iniciativa.
A comitiva maranhense também contou com a presença de representantes da Vale e da Investe Maranhão. Para Giselly Pinto, da Vale, a união de esforços públicos e privados fortalece a proposta. Cauê Aragão, presidente da Investe Maranhão, destacou a estrutura do Porto do Itaqui e da Zona de Processamento de Exportação (ZPE) como pontos estratégicos para o empreendimento.
A embaixadora do Brasil na Suécia, Maria Edileuza Fontinelle Reis, acompanhou a visita e ressaltou o alinhamento do projeto com a pauta ambiental que será debatida na COP30, em novembro, no Brasil.
A missão internacional do governo maranhense segue pela Europa, em compromissos na França e Suécia, com foco em negócios nas áreas de energia, turismo e carne bovina.