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Especialista alerta para fiscalização de pagamentos em casas de apostas brasileiras

O avanço da regulamentação no mercado de apostas esportivas no Brasil não tem sido suficiente para conter o crescimento de casa de aposta sem verificação

Fonte: Assessoria

O avanço da regulamentação no mercado de apostas esportivas no Brasil não tem sido suficiente para conter o crescimento de casa de aposta sem verificação. A afirmação é de Camila Caresi, diretora de riscos e compliance da Pay4Fun, empresa especializada em soluções de pagamento para casas de apostas. 

Em entrevista publicada no último dia 22, Caresi destacou que apenas bloquear URLs de casas de apostas sem verificação não é eficaz, e defende uma fiscalização mais rígida dos métodos de pagamento utilizados por essas operações. A especialista também afirma que casas de apostas brasileiras que operam fora das regras estabelecidas têm recorrido a instituições de pagamento não autorizadas pelo Banco Central para acessar o sistema de pagamentos instantâneos (SPI), principalmente para habilitar o uso do Pix – método que hoje representa quase 100% das transferências entre usuários e operadores de apostas. “Se o banco não fizer bem o KYC (conheça seu cliente), pode estar cometendo uma irregularidade”, alerta a executiva.

A regulamentação brasileira proíbe o uso de cartão de crédito e boleto bancário para depósitos em apostas, e limita os meios de pagamento ao Pix e a instituições licenciadas. No entanto, apenas as melhores casas de apostas licenciadas seguem a lei, o que dá a elas mais segurança e credibilidade. Segundo a ndmais, a lei das apostas trouxe mais proteção aos jogadores, exigindo transparência e conformidade das casas de apostas brasileiras.

Caresi também aponta o desequilíbrio entre operadores legais e ilegais: “A partir do momento que uma operadora faz tudo corretamente, ela enfrenta mais gastos e maior pressão regulatória. Enquanto isso, os ilegais driblam essas exigências e ainda competem pelo mesmo público”.

Diante desse cenário, a executiva defende a autorregulação como parte essencial do combate à casa de aposta sem verificação. “O mercado regulado tem que se autorregular para impedir que a atividade ilegal permaneça”, afirma. Ela também destaca que a baixa supervisão dessas casas torna o ambiente mais vulnerável a práticas como lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo.

Por que não jogar em casa de aposta sem verificação

Enquanto o mercado ilegal apresenta riscos evidentes, as casas de apostas brasileiras legalizadas adotam padrões rigorosos para garantir a segurança dos usuários. Segundo dados de uma das maiores casas de apostas brasileiras, 97,41% dos depósitos realizados em 2024 foram feitos por meio do Pix, seguido por carteiras digitais como a Pay4Fun (2,31%). Boletos e transferências bancárias, que representaram respectivamente 0,22% e 0,03%.

Outro ponto importante é a consciência de custo: 38% dos entrevistados classificaram as taxas de transação como o fator mais importante, o que reforça a importância de não jogar em casa de aposta sem verificação, buscando transparência sobre eventuais cobranças.

Por fim, especialistas ressaltam que, em um cenário onde a concorrência é intensa e o risco de exposição a práticas ilegais é alto, a combinação de boas práticas, fiscalização rigorosa e educação do mercado para o jogo responsável são as chaves para fortalecer as casas de apostas brasileiras que operam conforme a lei – e proteger os consumidores que optam por elas.

 

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