Abastecer o veículo com gasolina no Maranhão compromete 10,8% da renda familiar

O Indicador de Custo-Benefício Flex mostrou que, em maio, o preço médio do etanol correspondeu a 72,3% do valor da gasolina comum no país e a 72,9% nas capitais

Fonte: Da redação com Veloe

Abastecer o veículo com gasolina compromete cerca de 10,8% da renda familiar no Maranhão. É o que aponta a mais recente edição do Panorama Veloe de Indicadores de Mobilidade, elaborado em parceria com a Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).

No primeiro trimestre de 2025, o custo médio para encher um tanque de 55 litros com gasolina comum comprometeu 5,8% da renda domiciliar mensal das famílias brasileiras.

Nas capitais, a proporção da renda comprometida foi menor, de 3,9%, embora o consumo de combustível tenda a ser maior nos grandes centros urbanos, o que pode anular essa vantagem.

Nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, o comprometimento da renda foi de 4,8%, 5,0% e 5,0%, respectivamente. Já no Norte e no Nordeste, os percentuais saltam para 8,0% e 9,2%, revelando uma disparidade expressiva no acesso ao combustível. Entre os estados, os menores impactos foram observados no Distrito Federal (3,3%), São Paulo (4,4%), Santa Catarina (4,7%), Rio Grande do Sul (4,9%) e Rio de Janeiro (4,9%). Na outra ponta, Maranhão (10,8%), Acre (10,7%), Ceará (10,1%), Bahia (9,6%) e Alagoas (9,5%) apresentaram os maiores compromissos da renda familiar com a gasolina.

Em relação ao primeiro trimestre de 2024, os dados mostram estabilidade nos indicadores, tanto na média nacional quanto nas capitais, o que, segundo os responsáveis pelo estudo, é reflexo do aumento na renda domiciliar das famílias, que ajudou a manter o poder de compra mesmo diante de preços elevados.

Em maio, o Panorama apontou redução nos preços médios dos seis combustíveis avaliados, com destaque para o diesel comum e o diesel S-10, ambos com queda de 2,5%. A gasolina aditivada e a gasolina comum registraram recuos de 0,6% e 0,5%, respectivamente, enquanto o etanol e o GNV apresentaram variações negativas de 0,3%.

No acumulado do ano até maio, quatro dos seis combustíveis tiveram aumento de preços. O etanol lidera com alta de 5,1%, seguido pela gasolina comum (2,4%), gasolina aditivada (2,1%) e GNV (1,1%). Já o diesel comum e o diesel S-10 ficaram praticamente estáveis, com leve variação de 0,03%.

Considerando o período de 12 meses, todos os combustíveis estão mais caros. O etanol teve a maior alta, de 12,7%, seguido pela gasolina comum (7,4%), gasolina aditivada (7,2%), diesel comum e S-10 (ambos com 3,3%) e GNV (1,1%).

O preço médio da gasolina comum em maio foi de R$ 6,363 por litro no Brasil. As maiores médias regionais foram observadas no Norte (R$ 6,767) e no Sul (R$ 6,467). O Centro-Oeste foi a única região a registrar aumento no mês, com alta de 0,7%. Já o etanol foi vendido a R$ 4,374, com os preços mais altos no Norte (R$ 5,280) e Nordeste (R$ 4,916). As maiores quedas ocorreram no Sudeste (-0,9%) e no Sul (-0,7%). O diesel S-10 teve preço médio de R$ 6,217, com redução em todas as regiões, principalmente no Sul (-3,2%) e Centro-Oeste (-2,9%).

O Indicador de Custo-Benefício Flex mostrou que, em maio, o preço médio do etanol correspondeu a 72,3% do valor da gasolina comum no país e a 72,9% nas capitais. Como ambos os índices superam o patamar de 70% — considerado o ponto de equilíbrio de rendimento entre os dois combustíveis — a gasolina manteve ligeira vantagem econômica no abastecimento. No entanto, essa relação varia regionalmente, e estados como Mato Grosso, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Paraná continuam oferecendo condições mais vantajosas para o uso do etanol, mantendo sua competitividade nesses mercados.

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