Em 13 de junho, 200 cristãos foram mortos durante um ataque à aldeia de Yelewata, Nigéria. Militantes islâmicos entre o povo fulani atacaram a aldeia à noite, de vários lados ao mesmo tempo.
As vítimas eram principalmente famílias deslocadas internas que procuravam abrigo num antigo mercado e em outros locais provisórios.
“Ouvimos tiros e vimos os militantes. Todo mundo clamou a Deus. Agradeço ao Senhor por estar vivo”, conta o pastor Ukuma Jonathan Angbianbee. Em um dos edifícios, os extremistas derramaram combustível sobre as portas e incendiaram-nas. Os que procuraram escapar foram mortos com facões e armas.
As imagens do massacre sangrento assombram o Pastor Angbianbee. “Foi terrível. Havia corpos mortos por todo o lado”, relata o líder cristão. A polícia só chegou na manhã seguinte, quando não havia mais nada para proteger.
Esse ataque acontece num contexto de escalada de violência no estado de Benue, com evidências crescentes de que há um plano coordenado de militantes para expulsar comunidades cristãs da região.
Abraham é um cidadão deslocado de Benue. Há três anos, ele vive em um campo de deslocamento com uma família e outros milhares de cristãos, que fogem da violência em toda a Nigéria. De acordo com a Lista Mundial da Perseguição 2025 , a Nigéria, que ocupa o 8º lugar na lista, é responsável por 69% das execuções de cristãos no mundo, chegando ao total de 3.100 cristãos mortos em um ano.
A realidade do deslocamento de cristãos por causa da violência envolvendo milhares de seguidores de Jesus, obriga a viver em acampamentos improvisados , sem saneamento básico, alimentação ou acesso à água potável. Por isso a causa uniu mais de 17 mil igrejas em oração no Domingo da Igreja Perseguida 2025 .
