A Grande Ilha registrou três homicídios em um intervalo de menos de 24 horas, entre a noite de domingo (10) e a segunda-feira (11). Os crimes ocorreram em São José de Ribamar e em bairros da capital maranhense. Todos os casos estão sendo investigados pela Superintendência Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP).
Execução após “tribunal do crime”
O primeiro caso envolveu Allisson Lopes Pinheiro, de 25 anos, conhecido como “Caça Rato”. Ele foi executado a tiros na Vila Flamengo, em São José de Ribamar. Horas antes da morte, a vítima apareceu em um vídeo que circulou nas redes sociais, sendo interrogada por faccionados no chamado “tribunal do crime”.
Uma das hipóteses para o “julgamento” seria o envolvimento de “Caça Rato” com a companheira de um traficante. Nas imagens, ele pede calma e afirma já ter baleado um “alemão” — termo usado no crime organizado para se referir a rivais.
Testemunhas relataram à polícia que ouviram disparos na noite de domingo e, logo em seguida, encontraram o homem morto no meio da rua, sem camisa e vestindo a mesma bermuda mostrada no vídeo. “Caça Rato” era morador da Cidade Olímpica e havia deixado o presídio recentemente. A principal suspeita é de que o homicídio esteja ligado à guerra entre facções criminosas na região.
Idoso morto a tiros no Anjo da Guarda
Na manhã de segunda-feira, José Rodrigues do Santos, de 68 anos, conhecido como “Timbira”, foi assassinado a tiros na Vila São Luís, região do Anjo da Guarda. Segundo a Polícia Militar, ele havia acabado de deixar a esposa no trabalho quando foi surpreendido por criminosos armados, que efetuaram vários disparos.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas a vítima não resistiu aos ferimentos. Os autores fugiram e ainda não foram identificados.
Homicídio na Vila Kiola
Ainda na segunda-feira, Rayanderson Matos Silva, de 24 anos, o “Arroz”, foi morto a tiros na Vila Kiola, em São José de Ribamar. Morador da Vila Operária, ele também foi vítima de disparos de arma de fogo, mas as circunstâncias do crime ainda não foram esclarecidas pela polícia.
Todos os casos seguem sob investigação da SHPP, que apura a motivação e a autoria dos homicídios.