O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) do Piauí iniciou as investigações sobre o assassinato de Mariano Moura, atleta da categoria sub-16 do River Atlético Clube, executado a tiros nesta quinta-feira (14) dentro de uma escola no bairro Esplanada, zona Sul de Teresina.
Mariano, de 16 anos, foi alvejado à queima-roupa no início da manhã, e a principal linha de apuração da polícia aponta uma possível motivação ligada ao envolvimento do adolescente com o crime organizado. Segundo informações iniciais levantadas pelo DHPP, o jovem pode ter atuado como informante do Primeiro Comando da Capital (PCC), repassando dados sobre integrantes da facção rival Bonde dos 40 (B40).
De acordo com apuração do portal Meio Norte, antes da execução, Mariano teve o celular revistado por supostos membros do B40, que teriam encontrado imagens do atleta fazendo gestos associados ao PCC. A partir daí, os criminosos teriam confirmado sua atuação como “X9”, o que teria motivado o assassinato.
A polícia já recolheu imagens de câmeras de segurança da região que mostram o momento do crime e segue ouvindo testemunhas para identificar e localizar os autores. O crime ocorreu entre 9h e 12h, período em que Mariano ainda estaria dentro da escola.
River Atlético Clube lamenta morte do atleta
O River Atlético Clube emitiu nota oficial lamentando profundamente a perda do jovem atleta. No texto, o clube destaca a dedicação, alegria e o espírito coletivo de Mariano, e cobra justiça diante da brutalidade do crime.
“Sua partida precoce e violenta deixa uma ferida irreparável em todos que o conheceram e admiravam. Que a justiça seja feita”, diz um trecho da nota.
A morte de Mariano Moura expõe mais uma vez a vulnerabilidade de jovens em áreas sob influência de facções criminosas e levanta o alerta para a necessidade de políticas públicas voltadas à proteção da juventude e ao fortalecimento de redes de apoio no esporte e na educação.