O Maranhão registra 536.103 pessoas com algum tipo de deficiência, o equivalente a 8,1% da população com dois anos ou mais — acima da média nacional (7,3%), segundo o IBGE. A deficiência visual é a mais comum, atingindo mais de 328 mil pessoas, e 41% desse grupo têm 60 anos ou mais.
Os dados também revelam que 34,5% das pessoas com deficiência são analfabetas, índice quase três vezes maior que o da população sem deficiência. Pela primeira vez, o levantamento incluiu informações sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA): no Maranhão, a maior incidência está entre crianças de 5 a 9 anos, sendo a maioria meninos.
Histórias como a de Giovanni Lima, de 44 anos, mostram o impacto da inclusão social. Diagnosticado com paraparesia espástica e disartria desde a infância, ele hoje atua como assistente administrativo em São Luís. “Estar no mercado de trabalho é ter dignidade e respeito”, afirma. Especialistas reforçam que inclusão e acolhimento são fundamentais para autoestima, saúde mental e qualidade de vida.