A enfermeira e servidora pública Maria Shirlei Piontkievicz, de 57 anos, foi identificada como a passageira que protagonizou um tumulto contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, em um voo de São Luís para Brasília, na tarde desta segunda-feira (1º).
Segundo relatos de passageiros, Maria Shirlei fazia parte de uma excursão com 16 turistas que haviam visitado São Luís e os Lençóis Maranhenses. Logo após o embarque, começou a gritar contra o ministro, afirmando que o avião estava “contaminado” com a presença dele e declarando que “não respeita esse tipo de gente”.
Em meio às ofensas, tentou se aproximar de Dino, mas foi contida pelo segurança que acompanhava o magistrado.
A situação levou à intervenção da tripulação. A aeromoça-chefe advertiu a passageira, e um agente da Polícia Federal presente no voo conversou tanto com a equipe de Dino quanto com a própria servidora, alertando-a sobre as consequências de incitar tumulto em ambiente aéreo.
Já em Brasília, Maria Shirlei foi conduzida pela PF para prestar depoimento. Ela assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) por infração de menor potencial ofensivo e foi liberada em seguida. A decisão de não retirá-la da aeronave durante o trajeto foi tomada para evitar transtornos aos demais passageiros da excursão.
Nas redes sociais, a servidora mantém perfil discreto, mas com registros de críticas antigas ao Supremo Tribunal Federal e ao Partido dos Trabalhadores (PT). Em uma publicação de 2016, por exemplo, aparece segurando uma faixa com os dizeres: “o Supremo Tribunal Federal está acovardado”.
Em nota, a assessoria de Flávio Dino classificou a conduta da passageira como uma tentativa de incitar “uma espécie de rebelião a bordo”. O comunicado ressaltou que o ministro estava sentado e trabalhando quando foi surpreendido pelas agressões e destacou que atos desse tipo, especialmente dentro de uma aeronave, “são inaceitáveis por comprometer a segurança do voo e o bem-estar dos demais passageiros”.