A indústria nordestina voltou a registrar retração em maio de 2025, com queda de 1,3% frente ao mês anterior, conforme o Boletim Macro Regional de Agosto, elaborado pelo FGV IBRE. Na comparação anual, o recuo foi ainda mais expressivo, de 3,7%, acumulando perdas de 3,2% no ano.
Os segmentos mais afetados foram alimentos (-3,5%), bebidas (-2,1%) e, sobretudo, coque e derivados de petróleo (-9,0%), que ampliaram a defasagem em relação ao desempenho nacional. Pernambuco e Rio Grande do Norte lideraram as quedas, enquanto o Cearádestoou positivamente, com crescimento de 3,5% na margem, puxado pela metalurgia e derivados de petróleo.
O cenário evidencia fragilidades estruturais da indústria regional, marcada pela baixa diversificação produtiva e elevada sensibilidade a choques de custos. Sem mudanças estruturais, o setor deve seguir abaixo do ritmo necessário para sustentar o crescimento econômico no médio prazo.