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Halitose: o que você precisa saber sobre mau hálito

As pessoas afetadas por esse transtorno sofrem emocionalmente com o envolvimento da autoestima e das relações sociais prejudicando a sua qualidade de vida.

Fonte: Dr Emerson Cutrim

O mau hálito é um problema que atinge milhões de pessoas sendo uma das queixas frequentes nas consultas odontológicas. As pessoas afetadas por esse transtorno sofrem emocionalmente com o envolvimento da autoestima e das relações sociais prejudicando a sua qualidade de vida.

As causas da halitose são na maioria de origem na boca, em torno de 90%. O odor fétido frequentemente resulta do metabolismo de bactérias que degradam proteínas e derivados presentes em restos alimentares, em células descamadas, na saliva e principalmente no biofilme (ou placa) liberando gases chamados de compostos sulfurados voláteis (com odor fecal ou de ovo podre ou de repolho estragado).

As principais causas bucais são: 1)Saburra lingual, a maior causa, é uma camada amarronzada visível de biofilme encontrada sobre o dorso da língua cobrindo as papilas e fissuras, reduz a presença de O2 e favorece o acúmulo de bactérias produtoras de gases; 2)Doenças periodontais, são as doenças na gengiva e no suporte ósseo dos dentes, como a gengivite e a periodontite, nestas são formadas bolsas entre a gengiva e o dente que atuam como reservatórios de bactérias que além de destrutivas produzem gases ruins; 3)Higiene bucal deficiente, pode ser responsável pela ocorrência das duas causas anteriores e pela presença de restos alimentares nos espaços entre os dentes e nas próteses contribuindo também para a formação de tártaros que são os biofilmes calcificados e colonizados por bactérias; 4)Xerostomia e hipossalivação, a boca seca e a redução do fluxo salivar contribuem para a halitose, visto que a saliva é importante para a auto limpeza e controle de ph na boca; saliva pouca prejudica no controle de bactérias e na remoção de resíduos presente na boca.

As causas extra orais da halitose são cerca de 10% e neste caso são de responsabilidade médica, porém o cirurgião-dentista pode ajudar no diagnóstico ao descartar origem bucal. As principais causas são as infecções no trato respiratório superior (sinusites e amigdalites), uso de medicamentos, distúrbios gastrointestinais (doença do refluxo gastroesofágico, divertículos de Zenker, infecção por H.pylori), doenças metabólicas como diabetes (tem hálito cetônico característico) e insuficiência renal crônica (tem hálito de amônia ou peixe) e insuficiência hepática severa com odor de mofo. O tratamento começa com uma boa anamnese e exame clínico minucioso, checando hábitos de higiene oral, dieta, histórico médico, uso de medicamentos, observação da língua, gengiva, lesões cariosas, prótese sujas e mal adaptada, presença de saburra e tártaro, fluxo salivar e ainda pode ser usado como complemento o teste organoléptico para checar odor com aparelhos que medem a concentração dos gases. Identificar a etiologia e estabelecer o plano de tratamento com controle mecânico (escova e fio dental) e químico (uso supervisionado de antisséptico) do biofilme , adequação do meio bucal com limpeza, raspagem, restaurações, novas próteses e instrução de higiene oral.

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