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Netanyahu rejeita Estado palestino

Primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que não haverá Estado palestino a oeste do Jordão

Fonte: Da redação

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou neste domingo (21) que não permitirá a criação de um Estado palestino e prometeu intensificar a colonização judaica na Cisjordânia ocupada. A declaração foi feita em vídeo divulgado por seu gabinete e dirigido a líderes de países como Reino Unido, Canadá e Austrália, que formalizaram recentemente o reconhecimento do Estado palestino.

“Tenho uma mensagem clara para os líderes que reconhecem um Estado palestino após o massacre atroz de 7 de outubro: vocês estão oferecendo uma enorme recompensa ao terrorismo”, declarou o premiê israelense. “Isso não vai acontecer. Nenhum Estado palestino será criado a oeste do [Rio] Jordão.”

Netanyahu afirmou ainda que seu governo duplicou o número de colonatos judeus na região que Israel chama de Judeia e Samaria, referindo-se à Cisjordânia, e que continuará nesse caminho. “Durante anos, impedi a criação desse Estado terrorista, apesar das enormes pressões internas e internacionais. Fizemos isso com determinação e sabedoria política”, disse.

O primeiro-ministro também prometeu uma resposta concreta na próxima semana, após seu retorno dos Estados Unidos, onde participará da 80ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York, e se reunirá com o presidente norte-americano, Donald Trump. “A resposta à última tentativa de nos impor um Estado terrorista no coração do nosso país será dada após minha viagem”, afirmou.

As declarações ocorrem às vésperas de uma conferência promovida pela França e pela Arábia Saudita sobre a solução dos dois Estados, marcada para esta segunda-feira (22). Durante o encontro paralelo à Assembleia da ONU, Paris deverá formalizar o reconhecimento da Palestina, acompanhado por Bélgica, Malta, Luxemburgo, Andorra e San Marino.

Antes da mensagem de Netanyahu, o governo israelense já havia rejeitado “categoricamente” a decisão unilateral de países ocidentais de reconhecer o Estado palestino. Em nota, o Ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel afirmou que o reconhecimento “não promove a paz” e “mina as hipóteses de alcançar uma solução pacífica”, além de representar “uma recompensa para os assassinatos cometidos pelo Hamas”.

A diplomacia israelense foi além e, em postagem na rede X, classificou a decisão britânica como uma “recompensa ao jihadista Hamas”. O ministério alegou que o movimento palestino se sentiu encorajado com a decisão e reforçou críticas à Autoridade Palestina, acusando-a de “não combater o terrorismo” e de ser “parte do problema, não da solução”.

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