
São Luís (MA) — Diante do aumento de intoxicações por metanol em outros estados, a Secretaria de Estado da Saúde (SES) intensificou medidas preventivas no Maranhão. Não há casos confirmados no estado, mas a pasta acionou gestores municipais, vigilâncias sanitárias e serviços de saúde com protocolos de detecção precoce, atendimento e fiscalização de bebidas — especialmente destilados de procedência desconhecida ou sem registro.
O governador Carlos Brandão reforçou a atuação conjunta: “Estamos atentos e pedimos que a população evite bebidas de origem duvidosa. Mesmo sem registros locais, nossas equipes trabalham com os municípios e em contato com o Ministério da Saúde. A prioridade é proteger a saúde das pessoas.”
A SES informou que divulgará Nota Técnica com diretrizes para:
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Manejo clínico de casos suspeitos, alinhado ao Ministério da Saúde;
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Fiscalização de rotulagem, lacres e selos fiscais;
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Apreensão de produtos irregulares em ações de vigilância.
Para o secretário Tiago Fernandes, a antecipação é essencial: “Com a classificação do tema como Evento de Saúde Pública, ampliamos a sensibilidade da rede para resposta rápida e segura caso surjam notificações.”
Orientações ao público
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Não consumir bebidas de origem duvidosa, sobretudo destiladas.
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Conferir rótulo, lacre, selo fiscal e nota fiscal.
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Desconfiar de preços muito abaixo do mercado.
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Em sintomas suspeitos, buscar atendimento imediato.
Canais para denúncias e informações
Vigilâncias sanitárias municipais/estaduais e Ouvidoria SUS/MA: 0800 1600 160, (98) 3210-5057, (98) 3210-5058, [email protected].
Sinais e sintomas (atenção rápida salva vidas)
Podem se confundir com embriaguez (início):
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sonolência, tontura, dor abdominal, náuseas/vômitos, cefaleia, taquicardia e queda de pressão.
Entre 6 e 24 horas após ingestão (agravamento):
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fotofobia, visão turva (podendo evoluir para cegueira), midríase, convulsões, coma e acidose metabólica severa.
O que é o metanol e por que é perigoso
O metanol é um solvente industrial altamente tóxico. A biotransformação hepática gera formaldeído e ácido fórmico, responsáveis pela toxicidade. A exposição pode ocorrer por ingestão, inalação ou absorção cutânea.
Em caso de suspeita, não espere os sintomas piorarem: procure a unidade de saúde mais próxima e informe o que foi consumido. Guardar rótulo/recibo ajuda na investigação.