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Confirmada morte de jovem por bebida adulterada com metanol

Bruna Araújo, de 30 anos, estava internada desde 29/9, após consumir um coquetel com vodka.

Fonte: Com informações da TV Globo e g1 SP
Bruna foi internada após consumir vodca (Foto: Reprodução)

A Prefeitura de São Bernardo do Campo (SP) confirmou nesta segunda-feira (6) a morte de Bruna Araújo, 30 anos, internada em estado grave após consumir vodca com suco de pêssego adulterada com metanol. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a paciente vinha sendo acompanhada por equipe multiprofissional e, em conjunto com a família, foi adotado protocolo de cuidados paliativos. A administração informou que este é o único caso confirmado de contaminação no município até o momento e manifestou solidariedade aos familiares.

Bruna estava no Hospital de Clínicas de São Bernardo desde a manhã de 29 de setembro, transferida de uma UPA já entubada. Na sexta (3), a unidade abriu protocolo de morte encefálica, etapa clínica que exige dois exames neurológicos, teste de apneia e exame complementar para confirmar ausência de atividade cerebral. Familiares relataram que ela recebeu o “antídoto” contra metanol e passou por hemodiálise. O namorado também foi internado em outra unidade.

Casuística e investigação

A Vigilância Epidemiológica de São Bernardo registrou 78 notificações de suspeita por exposição a metanol até esta segunda (6). No âmbito estadual, há 15 casos confirmados e 164 em investigação, incluindo seis mortes suspeitas, conforme balanço divulgado pelo governo paulista no início da noite desta segunda. A confirmação do óbito de Bruna pela Prefeitura ocorreu após a emissão do boletim estadual.

A Polícia Civil apura a cadeia de fornecimento da bebida consumida por Bruna em um bar da cidade. Agentes foram até uma distribuidora apontada na investigação; o responsável negou ser o único fornecedor do estabelecimento. A jovem passou mal no dia seguinte a um show de pagode, com náuseas, vômitos e visão turva, segundo amigos.

Risco do metanol

O metanol é um solvente industrial tóxico e de difícil identificação quando diluído em bebidas. A exposição por ingestão, inalação ou contato prolongado pode causar tontura, náusea, alterações visuais, convulsões, cegueira e morte. A orientação das autoridades é não consumir produtos de procedência desconhecida, checar rótulo e lacre e buscar atendimento médico imediato diante de sintomas após ingestão de bebida alcoólica.

Canais para denúncia e orientação
– Procure a Vigilância Sanitária municipal para denunciar suspeitas de adulteração
– Ligue para a Ouvidoria do SUS 136 ou para os canais locais de saúde pública
– Registre ocorrência na Polícia Civil em casos ligados à compra e venda de bebida suspeita

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