Nesta terça-feira, 7, em São Luís, a Polícia Civil do Maranhão deflagrou mais uma fase da Operação Captura para desarticular uma organização criminosa com atuação interestadual. Ao todo, foram cumpridos 15 mandados judiciais — 4 de prisão domiciliar e 11 de busca e apreensão — nos bairros São Francisco, Barreto, Planalto Pingão e Turu, em São Luís.
Conforme a polícia, seis pessoas foram presas até o momento, entre elas quatro lideranças da facção, todas com ordens de reclusão domiciliar. Uma prisão em flagrante por tráfico de drogas e outra por crime ambiental também foram cumpridas.
Durante a operação, também foram apreendidos 10 celulares e um macaco-prego encontrado em uma residência no São Francisco. A origem do animal será investigada.
Segundo a Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic), os quatro alvos de prisão — dois homens e duas mulheres — são considerados de alto grau de periculosidade e reincidentes. Dois já cumpriam prisão domiciliar por outras ações penais, um permanece preso em unidade prisional, mas, mesmo assim, manteria liderança ativa nas ações do grupo.
As duas mulheres são apontadas como companheiras de investigados e teriam papel de apoio operacional/financeiro.
A Polícia representou pela prisão preventiva dos quatro, mas os pedidos não foram deferidos pela Vara Colegiada do Crime Organizado, que determinou prisão domiciliar. Os cumprimentos contaram com apoio da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap).
Como a investigação chegou até o grupo
A fase desta terça resulta da análise de celulares apreendidos em 2023, que indicaram a prática de tráfico de drogas, associação criminosa e outros delitos. O Departamento de Combate ao Crime Organizado (DCCO/Seic) mapeou a estrutura do grupo na capital e conexões em outros estados do Nordeste.
Os investigados possuem extenso histórico criminal. A apuração aponta modus operandi sofisticado na distribuição de entorpecentes e na movimentação de valores ilícitos, com transferências financeiras incompatíveis com a renda declarada — indícios de lavagem de dinheiro.
Forças envolvidas
Além da Seic/DCCO, participaram da ação: SPCC, Senarc, Feisp, Bope e BPChoque, com apoio da Seap.
As investigações continuam para identificar outros envolvidos e desmantelar os núcleos financeiro e operacional da facção.