Quase sete anos após o incêndio no Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo no Rio de Janeiro, a Justiça absolveu os sete acusados pelos crimes de incêndio culposo e lesão grave. O episódio, ocorrido em fevereiro de 2019, matou dez adolescentes das categorias de base e deixou três feridos.
A decisão, da 36ª Vara Criminal da Capital, foi proferida pelo juiz Tiago Fernandes Barros e ainda cabe recurso. O Ministério Público havia pedido a condenação dos réus após ouvir mais de 40 testemunhas.
Entre os absolvidos estão dois diretores do clube, dois engenheiros e sócios da empresa de refrigeração responsável pela manutenção dos aparelhos de ar-condicionado — um deles teria originado o fogo. Antes, o ex-presidente Eduardo Bandeira de Mello e outros três acusados já haviam sido excluídos do processo.
As famílias das vítimas receberam indenizações do Flamengo. Em setembro, o Tribunal de Justiça do Rio negou recurso do clube que tentava incluir uma empresa terceirizada nas ações de reparação.