
Em sintonia com o Novembro Azul, uma equipe do Uniceuma conduz um estudo para criar um biossensor capaz de detectar o câncer de próstata de forma rápida, não invasiva e de baixo custo. A pesquisa, liderada por Sarah Vieira Guimarães, busca ampliar o acesso ao diagnóstico em regiões com pouca oferta de exames especializados.
De acordo com a pesquisadora, o dispositivo pretende funcionar como um teste rápido, identificando o PSA (Antígeno Prostático Específico) em sangue, urina ou saliva. A proposta é que o exame possa ser realizado no ponto de atendimento — de unidades básicas de saúde a ações itinerantes — reduzindo barreiras logísticas e custos.
Para Sarah Guimarães, a detecção em estágios iniciais pode “mudar o desfecho de milhares de homens”, sobretudo em áreas rurais e periféricas, onde biópsias e testes laboratoriais nem sempre estão disponíveis.
O estudo recebe apoio da Fapema, que financia insumos e estrutura. Segundo o presidente da fundação, Nordman Wall, a iniciativa “tem impacto direto na saúde do homem e reforça a importância da pesquisa aplicada no Maranhão”, além de dialogar com a campanha de conscientização deste mês.
Atualmente, a equipe realiza a fase de testes, comparando amostras de pessoas com e sem a doença para calibrar sensibilidade e precisão do biossensor. A expectativa é que, após a validação, o equipamento se torne alternativa prática aos métodos convencionais de triagem, contribuindo para diagnóstico precoce e maior chance de cura.
Como deve funcionar
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O que mede: níveis de PSA associados a alterações na próstata.
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Coleta: sangue, urina ou saliva, com leitura rápida no local.
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Uso previsto: unidades básicas, escolas e ações em comunidades distantes.
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Meta: ampliar acesso e encurtar o tempo entre suspeita e encaminhamento.