
O Ministério Público do Maranhão (MPMA) constatou uma série de problemas estruturais e funcionais durante vistoria ao Hospital Regional e à UPA de Balsas, realizada no dia 29 de outubro. As inspeções foram conduzidas pelo promotor Herberth Costa Figueiredo, coordenador do CAO-Saúde, e pela promotora Dailma Maria de Melo Brito Fernández, da 1ª Promotoria de Justiça de Balsas.
O Hospital Regional de Balsas está em obras, mas sem cronograma definido para conclusão. As reformas ocorrem com a unidade em funcionamento, o que, segundo o MP, tem alterado os fluxos internos e sobrecarregado os setores. A equipe identificou condições precárias em praticamente todas as áreas — ambulatórios, enfermarias, centro cirúrgico e UTIs — e falta de leitos pediátricos, problema considerado crônico na região.
Outro ponto destacado é o funcionamento provisório dos setores administrativos em contêineres, medida adotada durante as intervenções estruturais.
Na UPA de Balsas, os promotores constataram desconformidades físicas e operacionais em relação aos parâmetros definidos pelo Ministério da Saúde. A unidade também está em reforma e opera com alta rotatividade de leitos, variando entre 24 horas e sete dias de internação, o que indica pressão no atendimento de urgência.
O Centro de Ressonância segue fechado desde 2023, devido a impasse entre gestores e a empresa fornecedora dos equipamentos, impedindo a realização de exames de imagem.
As vistorias integram o programa de acompanhamento da rede pública de saúde da Macrorregião Sul, promovido pelo MPMA, com o objetivo de avaliar a qualidade do atendimento e propor medidas de correção.
O órgão deve recomendar ajustes estruturais e administrativos para garantir melhores condições de trabalho e atendimento à população.