O Produto Interno Bruto (PIB) do Maranhão avançou mais que a média nacional, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (14). O estado teve um crescimento de 3,6%, enquanto a média do Brasil ficou em 3,2%. Os dados são referentes ao ano de 2023.
As maiores altas ocorreram nos seguintes estados: Acre (14,7%), Mato Grosso do Sul (13,4%), Mato Grosso (12,9%), Tocantins (7,9%) e Rio de Janeiro (5,7%). Já as menores variações foram encontradas no Rio Grande do Sul (1,3%), em Rondônia (1,3%), no Pará (1,4%) e em São Paulo (1,4%).
O IBGE disse que o bom desempenho da agropecuária, em especial do cultivo de soja, teve contribuição decisiva para o crescimento registrado por Acre (14,7%), Mato Grosso do Sul (13,4%), Mato Grosso (12,9%) e Tocantins (7,9%).
Já a alta do Rio de Janeiro (5,7%) foi puxada pelo avanço da indústria extrativa, com destaque para petróleo e gás.
13 estados mostraram crescimento inferior à média nacional (3,2%). No Rio Grande do Sul, que teve uma das menores altas (1,3%), o desempenho sofreu impacto da baixa da indústria de transformação, nos ramos de refino de petróleo e fabricação de máquinas e equipamentos, disse o IBGE.
Em Rondônia, que também mostrou uma das menores variações (1,3%), o crescimento foi limitado pela seca ocorrida na região Norte.
“Isso reduziu a geração de energia elétrica e a atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos e descontaminação”, afirmou a gerente de Contas Regionais do IBGE, Alessandra Poça.
No caso de São Paulo, principal economia do país, o resultado de 1,4% foi impactado pela contribuição negativa da indústria de transformação. O instituto mencionou os segmentos de defensivos agrícolas e fabricação de máquinas e equipamentos.
O Sudeste teve redução de 0,3 ponto percentual em participação no PIB na passagem de 2022 e 2023, ficando em 53%. Sul (+0,2 p.p.) e Norte (+0,1 p.p.) tiveram aumento, chegando a 16,8% e 5,8%, respectivamente. Já o Nordeste (13,8%) e o Centro-Oeste (10,6%) mantiveram suas participações.
O IBGE também fez uma comparação mais longa, de 2002 para 2023.
Nesse recorte, as regiões Centro-Oeste e Norte registraram os maiores ganhos relativos de participação no PIB do país, com avanços de 2 pontos percentuais e 1,1 ponto percentual.
A única grande região a perder espaço no período foi o Sudeste (-4,4 p.p.). Houve redução nos pesos das economias de São Paulo (-3,4 p.p.) e Rio de Janeiro (-1,7 p.p.).
Por outro lado, o IBGE destacou o caso de Mato Grosso, que teve o maior acréscimo de participação (1,2 p.p.), seguido por Santa Catarina, (1 p.p.) e Mato Grosso do Sul (0,6 p.p.).