
O avanço dos estudos e das perspectivas de exploração de petróleo e gás na Margem Equatorial, especialmente nas bacias Pará-Maranhão e Barreirinhas, deve abrir uma das maiores frentes de emprego previstas para os próximos anos no Brasil. A projeção, baseada em dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI), estima que o setor poderá gerar entre 300 mil e 495 mil vagas, considerando atividades diretas e indiretas.
Diante desse cenário, o Maranhão começou a se estruturar para acompanhar a chegada das oportunidades. O governo estadual avalia a criação de uma “faculdade do petróleo”, conforme afirmou o governador Carlos Brandão em entrevista recente. Além disso, o presidente da Gasmar, professor Allan Kardec Duailibe, articula a implantação do Instituto da Margem Equatorial, voltado à qualificação de trabalhadores para o setor energético.
Duailibe destaca que não basta esperar o mercado crescer — é preciso preparar a mão de obra local:
“Precisamos qualificar os maranhenses para que não fiquemos apenas assistindo ao desenvolvimento. É fundamental nos antecipar.”
O projeto já conta com articulações políticas envolvendo o deputado federal Pedro Lucas Fernandes (União Brasil) e a senadora Eliziane Gama (PSD), que buscam recursos federais para viabilizar a iniciativa.
Caso o licenciamento ambiental avance no mesmo ritmo dos outros estados da região, o Maranhão deve se consolidar como um dos principais polos desse novo ciclo da indústria petrolífera brasileira.