O sistema de transporte público de São Luís começou a ser normalizado após o fim da greve dos rodoviários da empresa 1001, que durou 12 dias e deixou dezenas de bairros com frota reduzida. A paralisação foi encerrada depois que a Prefeitura realizou o repasse do subsídio ao Sindicato das Empresas de Transporte, medida determinada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região. Com o pagamento, o SET e suas consorciadas tiveram prazo de 12 horas para quitar salários e benefícios atrasados, o que viabilizou o retorno da operação.
O presidente do Sindicato dos Rodoviários, Marcelo Brito, afirmou que nenhuma empresa permanece paralisada e que a greve geral foi descartada. O movimento na 1001 havia sido motivado pela falta de pagamento de salários, tíquete-alimentação e rescisões. Os funcionários desligados da empresa ainda aguardam solução para pendências, que serão discutidas em audiência. Já os trabalhadores ativos retomaram as atividades, à espera do pagamento do tíquete pendente.
A Expresso Marina também havia aderido ao movimento, mas regularizou os valores com os trabalhadores e retomou sua operação no dia 19. A empresa atende diversos bairros e comunidades da Grande São Luís, contribuindo para a recomposição da oferta de viagens após dias de instabilidade.
Durante a paralisação, moradores de mais de 30 bairros enfrentaram longas esperas, redução de linhas e aumento de gastos com transporte por aplicativo. As empresas 1001 e Expresso Marina operam juntas cerca de 270 ônibus na capital e na região metropolitana, o que fez da paralisação um impacto relevante para o sistema.
O SET informou que, após receber o repasse referente ao subsídio de outubro, adotou as providências necessárias para repassar os valores às empresas e garantir o pagamento de salários e benefícios aos rodoviários, etapa que permitiu o encerramento da paralisação e o início da normalização do serviço.