
A morte de José Carlos Costa Araújo, conhecido como “Da Mata”, ganhou novos desdobramentos após a prisão dos suspeitos de persegui-lo, abordá-lo e executá-lo no dia 19 de novembro, no Centro de Teresina. Três empresários — Marcos Antônio da C. Paz, João Batista José de Lima e Leocádio Silva Filho — foram presos preventivamente por envolvimento direto no crime, que chocou pela extrema violência.
De acordo com o delegado Jorge Terceiro, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), dois dos presos confessaram a motivação do assassinato, enquanto o terceiro optou por permanecer em silêncio. Em depoimento, os investigados afirmaram que se reuniram com o objetivo de “conter” furtos e arrombamentos em seus estabelecimentos comerciais, apontando José Carlos, que vivia em situação de rua, como suspeito de crimes anteriores.
Imagens de câmeras de segurança mostram que a vítima foi abordada por quatro pessoas na Avenida Maranhão. Ao tentar fugir, José Carlos foi alcançado, imobilizado e brutalmente agredido com barras de ferro e um facão. Após as agressões, ele foi arrastado para o outro lado da via, e os suspeitos fugiram a pé. O corpo foi encontrado cerca de duas horas depois, com sinais extremos de violência, incluindo a amputação de uma das mãos.
O delegado destacou a gravidade do caso e descartou qualquer justificativa para a ação. “Não sabemos até que ponto esse tipo de ação era para deixar um recado a outros ladrões. Mas o fato é que o crime foi extremamente bárbaro”, afirmou.
Com base nas provas reunidas, a Polícia Civil solicitou as prisões preventivas, que foram autorizadas pela Justiça. As investigações continuam, e o DHPP reforça que seguirá atuando para responsabilizar todos os envolvidos e coibir crimes contra a vida, especialmente aqueles cometidos com tamanha brutalidade em espaços públicos.