A revista Portos e Navios publicou ampla reportagem, em sua edição desta semana, sobre a cerimônia de batismo do rebocador multipurpose Inter XVIII, lançado pelo Estaleiro Indústria Naval Catarinense (INC), na cidade de Navegantes, no estado de Santa Catarina.
De acordo com a reportagem, este rebocador é uma encomenda da holding Internacional Marítima, controlada pelo empresário Luiz Carlos Cantanhede, diretor-presidente da empresa.
Com o título ‘Estaleiro catarinense lança linha de rebocadores’, a reportagem diz que o Estaleiro Indústria Naval Catarinense (INS) inicia o ano de 2024 com projetos ousados: quer construir dois ferryboats com capacidade para 80 veículos e 1200 passageiros (para operarem em São Luís do Maranhão), e mais duas embarcações exclusivas para caminhões para a travessia Salvador/Itaparica, na Bahia.
Ainda segundo a reportagem, a expertise da INC vem da sua controladora, a holding Internacional Marítima, pertencente ao grupo empresarial Cantanhede Participações. A empresa tem mais de 30 anos de mercado e operações no Maranhão, Pará, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Santa Catarina.
Empresa quer construir Estaleiro São Luís, nas proximidades do Porto do Itaqui
Um dos projetos mais arrojados da Internacional Marítima prevê a construção do Estaleiro São Luís, na Ponta da Espera, no Itaqui. Os investimentos projetados para a edificação deste Estaleiro preveem R$ 130 milhões para as obras de um dique flutuante; outros R$ 32,8 milhões para construção de 13 embarcações entre catamarãs e ferry-boats e R$ 60 milhões nas obras de ampliação do estaleiro.
Quando a área foi comprada pelo Grupo Internacional Marítima, o Brasil passava pelo período de maior desenvolvimento da indústria naval, entre os anos 2003 e 2014, momento em que, segundo dados do IPEA, o setor cresceu 19,5% ao ano. Esse crescimento resultou na construção de aproximadamente 600 embarcações nesse período, gerando cerca de 80 mil empregos diretos e cerca de 400 mil indiretos.
“Este projeto tem muita importância para o desenvolvimento do Maranhão, por consolidar a instalação da indústria naval em nosso estado e a geração de emprego e renda”, afirma Luiz Carlos Cantanhede, diretor-presidente da empresa.
Com a construção do Estaleiro São Luís, os reparos navais de rebocadores e ferryboats, por exemplo, podem ser feitos no Maranhão e não mais nos estados da Bahia e do Pará, para onde são levadas as embarcações, com um custo inicial de R$ 2 milhões.
É recomendado que, a cada cinco anos, sejam realizados os serviços de manutenção e reparo nas embarcações. “Temos muitas embarcações, mas não temos estaleiros. Quando necessário, todos os reparos são feitos fora do Maranhão e do Brasil porque aqui não tem onde fazer”, afirma Luiz Carlos Cantanhede.
Para ele, o Estaleiro São Luís irá inserir o Maranhão no mapa da indústria naval do país.