Apontado pela Polícia Civil como mandante do assassinato da ex-mulher, Graça Maria Pereira de Oliveira, de 54 anos, e da filha dela, a jovem Talita Oliveira de Oliveira Friseiro, de 25 anos, em crime ocorrido no dia 07 de junho de 2020, no bairro Quintas do Calhau, o empresário G. A. S foi indiciado pelo crime e teve a prisão temporária convertida em preventiva.
A delegada Viviane Fontenele, do Departamento de Feminícidio da Superintendência de Homicídios e Proteção à Pessoa (SHPP), informou que foram cumpridos três mandados, contra mandante, intermediador e o executor. Todos já estão presos no Complexo Penitenciário de Pedrinhas.
“Estamos na fase de conclusão do inquérito, com o indiciamento dos três suspeitos, devendo finalizar tudo nos próximos dias. Então, encaminharemos à Justiça para que o Ministério Público possa oferecer a denúncia. E, no decorrer desse processo, os três elementos irão responder pelo crime presos”, declarou a delegada.
Em depoimento à polícia, o autor do crime confessou os detalhes do homicídio e relatou ter sido contratado pelo ex-marido de Graça Maria para matar mãe e filha, pela quantia de R$ 5 mil. Ele trabalhava em uma obra ao lado da casa das vítimas, e se aproveitou do fácil acesso que tinha com a família para executar o plano criminoso.
O executor relatou em seu depoimento que tinha instruções concretas do ex-marido. Após matar mãe e filha, ele teria que colocar as duas no carro e tocar fogo, ou então, deixar os corpos na cozinha, ligar o gás e acender uma vela. O autor do homicídio apenas deixou os corpos dentro do carro cobertos pelo lençol.
De acordo com a delegada, o autor do crime matou primeiro a mãe, por asfixia, e depois assassinou a filha, asfixiada e com vários golpes de barra de ferro na cabeça.
Com a confissão em mãos, a polícia pediu a prisão do ex-marido, que foi decretada pela Justiça. O empresário foi preso em Imperatriz e transferido para São Luís, onde se encontra preso.
Um terceiro envolvido no crime também foi preso. Trata-se do intermediador para contratar o executor, chefe da obra onde o autor do homicídio trabalhava, ao lado da casa das vítimas.
Inicialmente, segundo a delegada, foi oferecido o valor de R$ 3 mil para a execução do crime, mas, mediante a negativa do autor, houve tratativas e a negociação chegou aos R$ 5 mil, preço cobrado para tirar a vida da mãe e filha.