Com o objetivo de evitar a transmissão comunitária da variante indiana da Covid-19, o Ministério da Saúde informou que enviará 600 mil testes rápidos de antígeno ao estado do Maranhão. O reforço na testagem deve-se à identificação de pessoas infectadas em um navio originário da Índia, que está atracado próximo à costa maranhense. O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, na noite deste sábado (22).
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Pelo plano de testagem, serão testadas as pessoas que passam pelos aeroportos e pelas divisas do Maranhão, evitando que um eventual infectado propague a nova cepa para outras unidades da Federação. Qualquer paciente cujo resultado der positivo no teste rápido será submetido ao RT-PCR, com análise genômica para identificar se a infecção é causada pela variante. O ministério segue atento à situação em território maranhense e encontra-se em vigilância, caso a cepa surja em outros estados.
“O Ministério da Saúde tem uma equipe no Maranhão, que está fazendo um inquérito epidemiológico para acompanhamento desse caso. Um paciente que estava nesse navio precisou ser atendido em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). E para além desse paciente, nós estamos acompanhando a equipe assistencial, que está sendo testada. Em caso positivo, fazemos o teste RT-PCR e a vigilância genômica”, descreveu Queiroga.
Conforme anunciado pela pasta na última sexta-feira (21/5), a ação no Maranhão se enquadra no programa de testagem desenhado pelo Ministério da Saúde, que inclui a busca ativa por pessoas sintomáticas e assintomáticas, utilizando teste de antígeno cujos resultados saem em cerca de 15 minutos. A estratégia inclui triagem, testagem e isolamento de casos positivos, com o sequenciamento genético para identificação da cepa.
“Essas são medidas gerais. São recomendações para todos, independentemente de variante indiana ou não. Quem tem suspeita de síndromes gripais, independentemente de testagem, deve evitar se deslocar de um estado para outro e deve procurar as autoridades sanitárias. Então, é uma ação que nós todos devemos nos emanar para conter a circulação do vírus, seja variante indiana, de Manaus ou do Reino Unido”, defendeu o ministro.
Medidas – Queiroga também reforçou a importância das medidas não farmacológicas, como o uso de máscaras, a correta higienização das mãos e o distanciamento social como maneiras, associadas à vacinação em massa, de controlar a pandemia. Além disso, classificou como essencial que os grupos prioritários da vacinação contra a gripe procurem um posto de saúde para se imunizarem.
“Quero reiterar a necessidade de as pessoas, que estão naqueles grupos de risco da gripe, procurem as unidades básicas de saúde para receberem a vacina da gripe. A adesão tem sido baixa. E é tão importante a vacina da gripe quanto a vacina da Covid. A gripe leva a síndromes respiratórias graves e pode causar a morte. Então, as duas ações são fundamentais: a vacina da Covid e a vacina da gripe, para que consigamos ter menos pressão sob o sistema de saúde”, finalizou.