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Ônibus já circulam em São Luís com preços reajustados das passagens

Linhas de ônibus não integradas, que custavam R$ 3,20, passam a custar R$ 3,40, enquanto as integradas subiram de R$ 3,70 para R$ 3,90.

Fonte: Redação

Desde domingo, 27, as passagens dos ônibus do transporte coletivo de São Luís já operam com novo valor, após reajuste anunciado pela Prefeitura de São Luís, na última sexta-feira, 25.

Com o aumento das tarifas de R$0,20, as linhas de ônibus não integradas, que custavam R$ 3,20, passam a custar R$ 3,40, enquanto as linhas integradas subiram de R$ 3,70 para R$ 3,90.

O reajuste já era, de certa forma, esperado pela população, que já colocou a mão no bolso para pagar a passagem mais cara: “A gente sabia que uma hora ou outra isso ia acontecer. É sempre assim”, lamentou a dona de casa Lourdes Rabelo.

O eletricista Fausto Lima relatou que passou a andar de ônibus após vender sua moto, no início da pandemia, e vê o reajuste como mais um baque no bolso do trabalhador: “Perdi meu emprego quando o coronavírus começou a circular aqui, e acabei precisando me desfazer da minha moto. Já ando de ônibus há quase dois anos, e de alguma forma um aumento de passagem pesa pro trabalhador. Mas, é assim, mesmo. fazer o quê?”, disse.

Impasse

Apesar do aumento das passagens, rodoviários e empresários ainda não chegaram a um acordo, e a possibilidade de uma nova greve não está descartada:

“Os rumos deste movimento grevista, a categoria é quem vai decidir. Infelizmente, os empresários parecem querer brincar com a nossa cara, mas isso não será aceito. Se as reivindicações dos trabalhadores não forem atendidas, o movimento vai continuar, com possibilidade sim, novamente, de paralisação geral no sistema”, alertou Marcelo Brito, presidente do Sindicato dos Rodoviários.

Na última sexta-feira, 25, foi realizada mais uma audiência de mediação entre rodoviários, empresários do setor de transporte e o poder público. A reunião aconteceu na sede do Ministério Público do Trabalho no Maranhão (MPT-MA), no bairro do Calhau, e acabou terminando sem acordo, mesmo com o anúncio do reajuste das passagens, como exigiam os donos das empresas de transporte para que atendessem às reivindicações dos rodoviários.

Mesmo com avanços obtidos ao longo de duas semanas, não houve consenso e o impasse que envolve as cláusulas sociais e econômicas da convenção coletiva de trabalho dos rodoviários para a data-base de 2022 continua.

A categoria quer alterações na Convenção Coletiva de Trabalho para 2022, que foram encaminhadas ao Sindicato das Empresas de Transporte (SET), em dezembro de 2021. O Sttrema reivindica um reajuste salarial entre 12% a 15%, inclusão de um familiar no plano de saúde, e tíquete alimentação de R$ 800.

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