SÃO LUÍS – No mês de julho a Secretaria de Estado da Saúde (SES) intensifica as ações de combate às hepatites virais através da Campanha Julho Amarelo, que tem como objetivo chamar atenção para a luta contra a doença, além de reforçar as iniciativas de vigilância, prevenção e controle das hepatites virais.
Neste ano, a Campanha Julho Amarelo alerta para a testagem, vacina e prevenção, realizando rodas de conversa, ações de prevenção, distribuição de preservativo, realização dos testes rápidos para hepatites B e C, vacinação contra hepatite B, entre outras ações.
De acordo com a chefe do Departamento de Atenção às IST, AIDS e Hepatites Virais da SES, Jocélia Frazão, o Dia Mundial de Luta contra as Hepatites Virais é celebrado em 28 de julho, mas as ações estão ocorrendo durante todo o mês.
O Serviço de Assistência Especializada (SAE) e outros serviços que realizam tratamento para pessoas que vivem com as hepatites B e C é de competência das três esferas (Federal, Estadual e Municipal). Apesar disso, a Rede Estadual de Saúde tem realizado ações no combate às hepatites virais, com a implantação da Referência Estadual das Hepatites Virais na Policlínica Diamante, que oferta o exame de elastografia hepática, que permite avaliar o grau de fibrose do fígado.
A SES também atua no auxílio aos municípios maranhenses, dispensando testes rápidos, além de preservativos masculinos e femininos e vacina contra hepatite B. Foi implementado ainda um novo modelo de acesso aos medicamentos para as hepatites B, C e D no SUS, em São Luís, Pedreiras, Bacabal, Imperatriz, Coroatá, Açailândia, Timon, Itapecuru–Mirim e Pinheiro; além do monitoramento nos Serviços Especializados (SAEs) e nas Coordenações Municipais IST.
A hepatite é a inflamação do fígado. Pode ser causada por vírus ou pelo uso de alguns remédios, álcool e outras drogas, assim como por doenças autoimunes, metabólicas e genéticas e é considerada problema de saúde pública no Brasil e no mundo.
Números
No Brasil, as hepatites virais mais comuns são as causadas pelos vírus A, B e C. De 1999 a 2020 foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) 689.933 casos confirmados de hepatites virais no Brasil. Destes, 168.579 (26,4%) são referentes aos casos de hepatite A; 254.389 (36,8%) aos de hepatite B; 398.564 (36,1%) aos casos de hepatite C; e 4.150 (0,7%) aos de hepatite D.
Já no Maranhão, a hepatite viral com maior incidência, entre os anos de 2012 a 2021, foi hepatite B e depois C. Nesse mesmo período, foram notificados 5591 casos confirmados de hepatites virais (HV). Onde 1591 foram casos de hepatite A, 2346 casos de hepatite B e 1.588 casos de hepatite C.