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Após ganhar liberdade, PM acusado de matar namorada adolescente é preso novamente

O crime ocorreu no dia 5 de julho de 2021, na cidade de Coroatá.

Fonte: Redação

Na manhã desta sexta-feira(7), a Polícia Civil do Maranhão deu cumprimento ao mandado de prisão preventiva contra Gilgleidson Pereira Melo, cabo da Polícia Militar,  acusado de assassinar a namorada adolescente, identificada como Ana Carolina da Silva Carvalho, de 17 anos. O crime ocorreu no dia 5 de julho de 2021, na cidade de Coroatá, distante 246 km de São Luís.

Segundo as investigações do Departamento de Feminicídios, o feminicídio ocorreu em uma chácara, situada no bairro Mocó, pertencente à família do acusado. O corpo da vítima foi encontrado interior da propriedade após ser atingido por disparo de arma de fogo.

Após o crime, o militar fugiu da cidade, mas foi posteriormente localizado e preso na cidade de Timon, no dia 9 de junho. Em seguida, transferido para a capital, São Luís. O PM estava em liberdade, após ser beneficiado com uma decisão da justiça.

No dia 29 de abril deste ano, uma equipe do departamento especializado esteve na chácara onde realizou um reprodução simulada do crime, visando esclarecer alguns pontos do crime.

As investigações seguem no Departamento de Feminicídio do Maranhão, da Superintendência de Homicídios e de Proteção à Pessoas (SHPP), e o pedido de prisão desta sexta foi formulado pelo Ministério Público.

Em depoimento prestado na delegacia Regional de Codó, no dia do crime, o militar disse que a companheira morreu durante uma tentativa de assalto no imóvel. Ao chegar à chacara, ele garantiu ter visto dois vultos e teria sido recebido com disparos de arma de fogo, tendo revidado aos tiros. A vítima estaria dentro da casa e um dos tiros teria transfixado pela janela e a atingido na região do tórax.

Versão do PM

A versão do policial foi contestada por familiares da vítima, que relataram sobre agressões dele contra a jovem.

Conforme a delegada Wanda Moura, titular do Departamento de Feminicídio e que está à frente das investigações do caso, trata-se de um feminicídio e todas as informações apresentadas pelo cabo foram refutadas.

“O principal suspeito é o policial militar. Inclusive, se houve alteração na cena do crime e se deixou de ser feita qualquer diligência que deveria ter sido feita, os envolvidos serão responsabilizados”, destacou a delegada.

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