A Polícia Civil da Paraíba, o Ministério Público e Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB), investigam o caso de uma criança de 6 anos que teve a perna errada operada, no Hospital de Trauma de Campina Grande. A equipe médica envolvida foi afastada.
A mãe da menina afirmou à TV Paraíba que o membro que deveria ter sido submetido ao procedimento cirúrgico tinha uma tala, ou seja, estava identificada, e mesmo assim a equipe errou.
Os familiares afirmaram que a menina começou a sentir dores após cair de bicicleta, há dois meses, e então começaram a buscar tratamento para um quadro clínico de celulite infecciosa na perna esquerda. A criança também já havia passado por uma cirurgia no Hospital Universitário da UFCG, mas voltou a ter complicações.
A menina foi transferida para a unidade que trata de emergências. Ela apresentava um quadro clínico de celulite infecciosa na perna esquerda e precisava passar por uma cirurgia invasiva para colocar pinos no local. No entanto, a perna operada pela equipe médica foi a direita.
A mãe da criança, Fernanda de Oliveira, foi a primeira a perceber o erro médico quando a filha retornou do centro cirúrgico para a enfermaria. Ela conta que quando notaram que a perna errada foi operada, a equipe retornou com a criança para o bloco cirúrgico e fizeram a operação no membro correto.
“Era nítido, visível, porque ela estava com uma tala aberta com uma janela de acesso para o edema, e eu não sei como uma equipe médica não deu conta disso”, afirmou.
Fernanda de Oliveira também contou que a filha está bem, mas começou a questionar sobre o porque fizeram o procedimento na perna que não havia problemas.
“Abriram a perna esquerda da minha filha, colocaram um fixador externo, depois retiraram e fizeram a limpeza na outra perna. Ela dormiu a noite toda, acordou hoje cedo sem dor, mas perguntou porque a perna boa dela estava enfaixada. Eu respondi que foi preciso limpar e colocar na outra perna. Ainda vou procurar uma psicóloga para conversar com ela”, disse a mãe da vítima.
A delegada da Delegacia de Repressão da Infância e Juventude, Renata Dias, afirmou que vai instaurar procedimento para apurar o caso. Ela também afirmou que serão ouvidos familiares da vítima, testemunhas e todos os profissionais envolvidos no procedimento cirúrgico. O Ministério Público da Paraíba e Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) também acompanham a situação.