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Ex-trans relata conversão após ouvir a voz de Deus: “Eu te criei homem”

“Após realizar a cirurgia de transição de gênero, Robert Diego confessou: “Deus, o meu pecado afetou gerações“

Fonte: Com informações de Guiame
Robert Diego. (Foto: Reprodução/YouTube/Karina Bacchi)
Robert Diego. (Foto: Reprodução/YouTube/Karina Bacchi)

Na última segunda-feira (30), um ex-trans que passou pela cirurgia de transição compartilhou como foi alcançado pelo amor de Deus.

Robert Diego foi o convidado da semana no “Mais Forte Podcast”, apresentado por Karina Bacchi. Na entrevista, ele contou que cresceu em uma família humilde e passou a frequentar uma Assembleia de Deus com a irmã, aos 7 anos.

Lá, ele recebeu uma profecia: “Você vai dar a volta em muitos lugares e quando você estiver achando que é o seu último dia de vida, Eu vou vir e vou te resgatar, porque Eu te escolhi, Eu te amo”, relembrou Robert.

“Eu nunca tinha ouvido: ‘Eu te amo’. Então, eu chorei muito. Eu sabia que essa palavra existia, mas quem disse para mim pela primeira vez foi Deus”, acrescentou.

Robert destacou que, como o pai e a mãe eram separados, ele não tinha uma figura masculina de referência: “Os homens só tinham duas referências para mim: ou eles me humilhavam e me ofendiam ou tocavam o meu corpo de criança”.

Transição de gênero 

Para ele, essa era uma demonstração de amor e, a partir dos filmes pornográficos que teve contato durante esse período, Robert associou que ser mulher era bom, pois elas recebiam “amor”.

“Quando um homem não se posiciona, outros homens virão e na grande maioria são os abusadores, porque eles não estão tão longe assim — eles estão mais próximos do que a gente pensa”, destacou ele.

Em 2001, quando tinha 15 anos, Robert contou que a série “Malhação”, que era exibida pela TV Globo, apresentou um personagem que vivia a mesma crise de identidade que ele.

“Ele era homossexual e depois que eu vi, eu pensei: ‘Agora eu sei quem eu sou’”, contou Robert.

Um dia, sua tia o levou na casa de um homossexual mais velho, que o orientou a conhecer outros gays na cidade.

Em 2010, Robert fez a cirurgia de transição de gênero em Bangkok, capital da Tailândia.

“Com 16 anos, eu transicionei e virei uma mulher trans. Com 17 anos, eu já tinha feito as cirurgias plásticas necessárias e, com 18 anos, já não morava mais no Brasil”, disse ele.

Enquanto morava no exterior, Robert viveu em baladas, se prostituindo e consumindo drogas. Nesse período, ele frequentou o candomblé e relatou diversas experiências malignas.


Robert contando seu testemunho. (Foto: Reprodução/YouTube/Karina Bacchi)

Encontro com Deus

Até que, na virada do ano de 2012 para 2013, ele relatou: “Eu ouvi uma voz nitidamente dizer: ‘Esse é o seu último ano de vida. Esse ano, você vai descer à sepultura’”.

Um dia, depois de consumir muita droga enquanto se prostituía com um “cliente”, ele travou em cima da cama e ouviu novamente a voz que havia escutado na virada do ano:

“Quando eu deitei, meu corpo travou. Quando eu pensei: ‘Eu acho que eu vou morrer’, a voz da virada do ano falou comigo de novo: ‘Chegou o dia’”.

“Dentro do coração, eu falei: ‘Deus, me dá uma oportunidade, não me deixa morrer’. Daí, quando eu falei isso, meu corpo ficou em pé e foi o momento em que a voz de Deus entrou em casa e falou: ‘Sou eu, Deus, que falo com você. Eu não te criei uma mulher, eu te criei um homem. Seu nome é Robert Diego, volta para casa, volta para sua família. Você é uma pessoa arrogante e prepotente, se humilha e passa pela porta estreita’. Era Deus falando comigo”, acrescentou.

Na conversa, ele destacou: “Aquele dia não foi a morte do Robert, foi a morte da Sabrina”.

Após questionar a Deus sobre a situação de sua família no Brasil, ele o ouviu dizer: “Entrega o teu caminho nas minhas mãos, confia em mim e o mais eu farei”.

“Eu levantei minhas mãos para o alto dentro de casa e falei: ‘Jesus, eu entrego a minha vida nas suas mãos’. Eu fui para a frente do espelho e as escamas dos meus olhos caíram e eu nasci de novo. Eu gritei: ‘Eu sou homem! Meu Deus, o que eu fiz da minha vida?’”, disse ele.

“Caí de joelhos com a cara no chão e disse: ‘Deus, o meu pecado afetou gerações e gerações. Meu Deus, não foi só a minha vida, eu acabei com uma descendência inteira por conta do pecado’. Eu chorei de uma angústia fortíssima e naquele momento eu nasci de novo”, acrescentou.

Nova vida

Depois disso, Deus o direcionou a voltar para o Brasil: “Quando eu cheguei, falei com a minha irmã: ‘Jana, eu tive uma experiência com Deus, Ele falou comigo e eu não quero mais viver essa vida’”.

E ela respondeu: “Filho, há três meses o Espírito Santo falou para eu orar e eu pedi demissão do meu emprego, coloquei a minha casa em intercessão e não sabia o que estava acontecendo. O meu marido disse que sonhou que eu estava grávida e um menino nascia e eu sei que é você”.

“Dentro de mim, um novo homem já tinha nascido, independente do que as pessoas diriam, eu sabia que eu era homem e ninguém ia tirar isso de mim”, afirmou ele.

Robert ficou na casa da irmã durante seu processo de restauração. Tempo depois, após ganhar uma Bíblia, ele fez uma oração:

“‘Deus toca na minha mente’. Porque eu lia o texto e não entendia e eu queria entender. Então, eu toquei na minha cabeça e falei: ‘Deus toca na minha mente, faz eu entender, me dê sabedoria’. A minha oração foi por sabedoria”.

Robert passava cerca de 10 horas por dia orando e lendo a Bíblia: ‘Ali foi o momento em que Deus começou a abrir e tocar na minha mente”.

O papel da igreja 

Durante a entrevista, Robert afirmou que seu maior arrependimento foi não ter buscado conhecimento na adolescência: “O sexo roubou muita coisa de mim, ele se tornou meu ídolo”.

“Sem eu merecer, eu vi que Deus cuidou de todos os meus passos. Então, a minha maior gratidão é pelas mãos Dele estendidas sobre a minha vida”, declarou.

Robert também refletiu sobre o papel da igreja em sua vida e encorajou a todos que pensam “vou viver assim, e um dia eu aceito Jesus” a se entregarem ao Senhor enquanto há tempo: “Não vale a pena a gente contar com a sorte, vale a pena a gente contar com Deus”.

“Eu cheguei até aqui porque uma irmã orou, uma mãe me amou e orou, a igreja me amou e amigos o Senhor me deu. A gente ouve o mundo falar mal da igreja, mas a igreja vai estar sempre pronta para nos amar, nos acolher e estender os braços. Então, eu diria para as pessoas: procure uma igreja séria, uma igreja honesta que tenha a Bíblia aberta, que pregue a Bíblia e tenha um carinho especial por ela, um pastor que compreenda o que está fazendo e esteja disposto a viver todas as fases e deixa Deus fazer com que na comunidade o seu coração seja tratado. Que você seja amado e descubra que você pode ir infinitamente além quando nós estamos juntos”, declarou Robert.

“Nada é impossível para Deus. Todos nós estamos aí para ser alcançados com a graça do Senhor e eu fui alcançado mesmo achando que não seria. Sabe quando as pessoas olham e pensam: ‘Esse aí não tem jeito?’. Porque você faz uma trajetória de vida que faz com que as pessoas achem que não tem mais volta. Quem imaginaria que uma pessoa trans poderia deixar de ser trans quando a cultura, a universidade, a academia, os artistas e o mundo grita que você nasceu desse jeito? Quando toda essa pressão midiática generalizada diz para as pessoas: ‘Foi assim que você nasceu’, o Evangelho arrebenta as cadeias e diz: ‘Não, não foi desse jeito, você vai ver outra realidade’”, acrescentou.

“Isso é muito impactante, é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê. Que as pessoas entendam que a felicidade está em te conhecer [Jesus] e prosseguir em te conhecer. Que a partir da pregação do Evangelho do arrependimento e da confissão as pessoas possam descobrir o Senhor Emanuel, Deus conosco”, concluiu.

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