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Acusado de matar três maranhenses em chacina no Mato Grosso é condenado a 136 anos de prisão

Vítimas foram executadas após uma partida de sinuca, em fevereiro de 2023.

Fonte: Redação / Amábile Monteiro, Jardes Johnson, g1 MT

Edgar Ricardo de Oliveira foi condenado a 136 anos de prisão (Foto: Reprodução/Rede social)

Um homem acusado de matar sete pessoas, durante uma chacina em um bar na cidade de Sinop, a 503 km de Cuiabá-MG, foi condenado condenado a 136 anos de prisão em regime fechado, além de 31 dias-multa pela autoria do crime.

Edgar Ricardo de Oliveira foi a júri na terça-feira, 15. Ele também foi condenado a indenizar as famílias das vítimas no valor de R$ 200 mil, dividido igualmente.

Entre as vítimas da chacina estão três maranhenses, identificados como Getúlio Rodrigues Frasão Júnior, de 36 anos, a filha Larissa Frasão de Almeida, de 12 anos, naturais de Governador Nunes Freire, e Maciel Bruno de Andrade Costa, de 35 anos, que era de Pio XII e proprietário do bar. 11 pessoas estavam no estabelecimento na hora do atentado.

Segundo informações preliminares, os assassinatos ocorreram após um jogo de sinuca. De acordo com a polícia, os homens perderam uma primeira partida, foram buscar mais dinheiro, voltaram ao bar e perderam novamente. Depois de serem alvo de piadas das pessoas que participavam do jogo, foram até o carro e pegaram duas armas.

Um deles, com uma arma curta, rendeu as pessoas e as colocou na parede. Enquanto o outro chegou com uma espingarda e atirou nas vítimas. Os assassinos foram identificados como Edgar Ricardo de Oliveira, 30 anos, e Ezequias Souza Ribeiro, 27, que morreu após o crime em confronto com a polícia.

Ezequias Souza Ribeiro, de 27 anos, morreu em confronto com a polícia (Foto: Reprodução)

Dois sobreviventes da chacina também são maranhenses. Eles foram identificados como Raquel Gomes de Almeida, que era esposa de Getúlio e mãe de Larissa, e o sobrinho dele, Luiz Carlos Souza Barbosa.

Getúlio Rodrigues morava há três anos no Mato Grosso, onde trabalhava como pedreiro. Já Larissa tinha ido lodo depois com a mãe para Sinop onde ficaria para estudar.

Dois dias após o crime, Edgar se entregou à polícia depois de saber da morte de Ezequias, durante um confronto, que aconteceu em uma área de mata, próxima ao aeroporto de Sinop.

Ezequias foi atingido e chegou a ser encaminhado ao Hospital Regional do município, mas não resistiu aos ferimentos.

Julgamento

Durante a leitura da sentença, a juíza Rosângela Zacarkim dos Santos, da 1ª Vara Criminal da Comarca, mencionou as qualificadoras homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel que resultou perigo comum e recurso que dificultou defesa das vítimas por seis vezes, furto e roubo majorado com uso de arma de fogo como agravante.

A primeira pessoa a prestar depoimento foi a mãe e esposa das vítimas Larissa Frasão de Almeida, de 12 anos, e Getúlio Rodrigues Frasão Júnior, de 36 anos, que narrou a sequência dos fatos, no dia do crime.

Ao relembrar o caso, a testemunha Raquel afirmou que pensava que também iria morrer e que imaginou, no calor do momento, que Larissa tinha se salvado, já que, durante o tiroteio, ela conseguiu correr do bar, mas morreu após ser atingida por um tiro nas costas.

“Ele [Edgar] disparou, mas a arma estava descarregada…eu só não morri porque a bala acabou”, relembra.

Por outro lado, Edgar alegou que, no dia da chacina, decidiu que iria à chácara levar ração para os peixes, mas ao parar em uma casa agropecuária, não encontrou o produto. No entanto, ele decidiu ir ao jogo com Ezequias Souza Ribeiro, que também participou da chacina, e morreu um dia depois do crime, durante confronto com a Polícia Militar.

Mas, ao ser questionado se foi ao jogo por causa de dinheiro, ele alegou que era empresário e tocava várias obras ao mesmo tempo, não precisando do dinheiro oriundo de disputas.

Durante o depoimento, ele argumentou que não é verdade a informação de que ele e Ezequias saíram matando as vítimas sem precedentes, declarando que “não é assim, ninguém morre de graça”.

As vítimas foram identificadas como:

– Maciel Bruno de Andrade Costa, de 35 anos;
– Orisberto Pereira Sousa, de 38 anos;
– Elizeu Santos da Silva, de 47 anos;
– Josué Ramos Tenório, de 48 anos;
– Adriano Balbinote, de 46 anos;
– Getúlio Rodrigues Frasão Júnior, de 36 anos;
– Larissa Frasão de Almeida, de apenas 12 anos, filha de Getúlio.

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