Por volta dos sete anos de idade, sem ter o que comer, a menina humilde que nasceu em Coelho Neto, interior do Maranhão, quando tinha fome, dobrava o antebraço e imaginava um delicioso pão francês quentinho com manteiga.
Esta é uma das histórias contadas no livro “Do Brasil à Suíça: A superação de uma mulher migrante”, uma emocionante e inspiradora obra autobiográfica da maranhense Samaritana Pasquier. Natural de Coelho Neto, interior do Maranhão, ela mora há 36 anos na Suíça, onde, entre outros estudos, tornou-se professora de francês para adultos migrantes. Com o selo da Editora Letras do Sertão, o livro ganhou uma segunda edição em português e será lançado na 17ª Feira do Livro de São Luís (FeliS), no dia no dia 09 de novembro, às 19h. A 1ª edição foi lançada em 2022. A obra também possui versão em francês.
“Publicar esse livro no Brasil representa voltar às minhas origens culturais, não esquecendo de onde vim e o que vivi. É lançar um olhar à minha história, aos fatos marcantes da minha vida, e, ao mesmo tempo, poder partilhar a luta cotidiana de superação quando nascemos numa sociedade de exclusão, onde temos que “arregaçar as mangas”, perseverar e nunca perder a esperança em dias melhores”, diz a autora.
Em uma leitura agradável e envolvente, Samaritana Pasquier retrata sua história de vida em 16 capítulos, com fatos marcantes desde infância humilde em Coelho Neto ao período em que morou em São Luís, até a sua imersão em uma nova cultura e uma nova sociedade, quando decide morar na Suíça. Uma trajetória marcada por dificuldades, privações, dramas familiares e pela luta cotidiana de superação e resiliência, além das conquistas e vitórias.
“Do Brasil à Suíça? A superação de uma mulher migrante” é um convite à reflexões sobre temáticas como como a fome, a pobreza e a exclusão social, questões muito presentes e atuais no Brasil e no mundo. Por outro lado, a autora também conta como superou seus desafios frente às adversidades da vida e partilha sua experiência de mais de três décadas na Suíça e o processo de convivência intercultural, sem nunca esquecer suas origens. Segundo a escritora, “